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penitenciárias

Richa diz ser "muita coincidência" rebeliões em ano eleitoral; opositores criticam

Governador afirma que está tomando medidas sigilosas para que conflitos acabem "agora". Gleisi e Requião criticam gestão da segurança pública

Ao lado do apresentador Ratinho e do candidato a deputado estadual Ratinho Jr. (PSC), o governador Beto Richa (PSDB) percorreu bairros de Curitiba e da região metropolitana na manhã deste sábado, enquanto acontecia a 20ª rebelião em penitenciárias do estado dos últimos 10 meses. Uma delas teve início ontem e ainda está ocorrendo em Piraquara. Richa afirmou estar "muito preocupado" com os conflitos e insinuou que é "muita coincidência" que as rebeliões estejam acontecendo em ano eleitoral.

"Estamos tentando encontrar uma razão para essas rebeliões em série. Isso não é coincidência. É coisa programada", disse, citando também como exemplo a invasão da sede da empresa Araupel, em Rio Bonito do Iguaçu, por trabalhadores sem-terra. "Quase quatro anos sem invasão, em clima de paz e ordem no meio rural, e agora, no início da eleição, uma invasão. É coincidência demais para o meu gosto".

O governador afirma que o problema prisional no estado será resolvido com a construção ou reforma de 20 penitenciárias. A promessa, que consta do seu plano de metas para os próximos quatro anos, porém, foi anunciada ainda em 2013 e será bancada em sua maioria por recursos do governo federal. De acordo com o Ministério da Justiça, em matéria publicada pela Gazeta do Povo em outubro do ano passado, o governo federal liberou R$ 116,8 milhões para as obras em presídios no Paraná. O governo estadual se comprometeu a dar a contrapartida de R$ 45 milhões.

As primeiras unidades, segundo Richa, serão inauguradas no início do ano que vem. O governador não citou datas e não soube dizer quantas e onde serão as inaugurações. Mas, ainda segundo informações do Ministério da Justiça, seriam 12 novas unidades prisionais em sete cidades (Piraquara, Foz do Iguaçu, Londrina, Ponta Grossa, Guaíra, Campo Mourão e Cascavel) e outras oito unidades seriam ampliadas.

Críticas

Os adversários de campanha criticaram a gestão do tucano na segurança pública. Gleisi Hoffmann (PT), em nota divulgada pelo partido, lamenta a "falta de gestão e planejamento" do governo, citando que os presídios e delegacias do estado passam por uma "situação caótica" e não garantem "condições mínimas de permanência dos detentos". Roberto Requião (PMDB) disse, em entrevista a uma rádio do interior, que o problema penitenciário seria uma prova do "descaso do governo atual com a segurança pública".

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