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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

PMN e PSD, partidos que disputam o segundo turno das eleições para a prefeitura de Curitiba, atuam coligados na Câmara Municipal de Curitiba. Juntos em um bloco parlamentar, ambos formam um dos dez grupos partidários que atuam no Legislativo da cidade.

A bancada que reúne as legendas dos adversários Rafael Greca e Ney Leprevost é liderada por Chico do Uberaba (PMN, que em 2015 disse que pagava para trabalhar e foi derrotado, domingo, na busca pela reeleição) e tem Jairo Marcelino (PSD, o mais longevo vereador da cidade, a caminho do nono mandato) como vice-líder.

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Segundo a Câmara, há algumas vantagens para os partidos que atuam em blocos. Por ter maior número de integrantes que os partidos isoladamente, o bloco tem mais chance de indicar membros para as comissões permanentes ou especiais da Câmara, que avaliam os projetos de lei apresentados, estudam temas específicos ou conduzem inquéritos.

Blocos também podem encaminhar a votação de projetos, prerrogativa vedada pelo regimento interno para bancadas formadas por somente um vereador. Na composição atual da Câmara, o PSD tem três parlamentares; o PMN, apenas um.

Na prática, isso tem dado a Chico do Uberaba a oportunidade de discutir projetos importantes, como a “dobradinha” com o ex-vereador Valdemir Soares (PRB) em dezembro de 2015 que retardou a votação do orçamento de Curitiba para este ano. Sem o bloco, sozinho no PMN, ele não poderia encaminhar votações. Além disso, como líder, ele precisa se ausentar do plenário para alguém do PSD falar pelo bloco.

Por fim: como atuam em bloco, PMN e PSD ganham direito a um funcionário de confiança adicional, para ocupar cargo em comissão. No caso das legendas de Greca e Leprevost, um da sigla CC-8, com remuneração bruta de R$ 2.754,14.

Uma comparação entre os blocos formados pelos partidos na Câmara e as coligações formadas para a disputa das eleições municipais dá um retrato acabado da falta de coerência dos partidos políticos brasileiros.

O maior dos blocos reúne PSC, PV, PPS e PTB. Liderado por Carla Pimentel (PSC), está na base de apoio ao prefeito – e candidato derrotado à reeleição – Gustavo Fruet (PDT). Mas o PSC faz parte da coligação que apoia Leprevost. Greca tem na sua chapa o DEM, que na Câmara atua coligado com o Pros de Ademar Pereira, que fez apenas 11,4 mil votos para a prefeitura.

Outro bloco reúne vereadores PMDB e PSDC. Após o fechamento das urnas, o peemedebista Requião Filho já descartou apoio de sua legenda a Rafael Greca, no segundo turno, por conta da presença do PSDB do governador Beto Richa na coligação – que tem, também, o PSDC.

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