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 | Fotos: Daniel Castellano/Divulgação/Antônio More/Gazeta do Povo
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Apesar da alta rejeição, o governador Beto Richa (PSDB) sai fortalecido nas eleições municipais de 2016. Considerando os partidos que fazem parte da sua base aliada* dentro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o governador conseguiu eleger o maior número de prefeitos no estado – foram 149 no total. O número de partidos considerados “independentes” dentro da Alep também foram expressivos. Os eleitos de 137 prefeituras fazem parte de partidos que, em algum momento, apoiaram o governo de Richa.

O bom número de cidades com prefeitos aliados também se reflete nas principais cidades do estado. Estas, que se dividem entre os apoios da família de Ricardo Barros (PP), atual ministro da saúde, e de Ratinho Júnior (PSD), que é secretário de Richa.

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Além de dividir os apoios para o segundo turno da capital, Ricardo Barros – que em nome da filha Maria Victoria (PP) deve apoiar Greca – e Ratinho Júnior – que apoia Ney Leprevost desde o começo – dividem também os nomes dos eleitos e favoritos em Maringá, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu.

Barros está ao lado de Marcelo Belinati (PP) em Londrina, eleito em primeiro turno e tem o irmão, Silvio Barros (PP) no segundo turno de Maringá. Já Ratinho Júnior ganhou em Cascavel com Paranhos (PSC) e Chico Brasileiro (PSD) em Foz do Iguaçu.

Mesmo divididos entre Ratinho Júnior e Barros, todos os nomes favorecem o governador, que é aliado dos dois. Para o cientista político Doacir Quadros, o papel das lideranças municipais no interior são o ponto de partida para qualquer aspirante ao governo do estado ou qualquer outro cargo majoritário – principalmente, pelo comportamento do eleitor do interior. “O eleitor da capital tem se mostrado mais crítico tanto em relação aos apoios que se formam quanto aos nomes mais tradicionais. A rejeição do governador vem principalmente da capital e não é tão observava em outras cidades”, disse. Enquanto isso, nomes como Marcelo Belinati e Sílvio Barros confirmam a predileção do eleitor do interior aos nomes tradicionais da política paranaense.

PMDB e PT

O PMDB de Roberto Requião não conseguiu emplacar o herdeiro Requião Filho (PMDB) em Curitiba, mas o partido fez o maior número de prefeituras no estado – foram 75 municípios. Para o cientista político da Uninter, Doacir Quadros, o PMDB mostra a força que sempre teve no interior do estado, por acomodar o maior número de perfis e interesses – muitas vezes, com nomes ligados ao governador Beto Richa. “Requião precisa aglutinar estes interesses se quiser surgir como força em 2018”, opinou.

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O PT, que é oposição ao governador, fez apenas 9 prefeituras no estado. “O PT sempre foi fragilizado no Paraná. Se antes não tinha o apoio do eleitorado, depois de uma série de escândalos, menos ainda”, disse. Apesar da queda, o professor acredita que o partido deve se voltar a ser um partido forte de oposição, principalmente dentro das Câmaras de Vereadores. “Isso deve acontecer tanto nos cenários municipais quanto nas Assembleias”, afirmou Quadros.

*Posição dos partidos em relação ao governo do Estado em relação à bancada na Assembleia Legislativa. Levantamento levou em consideração a última votação do”pacotaço” do governo Beto Richa (PSDB) em 19 de setembro de 2016. Partidos foram considerados independentes quando a votaram de forma dividida ou não tem representante na Alep. Partidos considerados de Oposição também levou em conta a posição ideológica de cada partido.

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