Encontro de controladores de vôo é marcado por protestos

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Entraram em operação nesta terça-feira (26) as rotas criadas para desafogar o tráfego aéreo. São aerovias que saem de São Paulo e, sem escala, seguem direto para as capitais do Nordeste, como Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE). Depois, voltam destas cidades direto para São Paulo ou Rio de Janeiro. Outra rota liga São Paulo a Belo Horizonte (MG).

Trechos desses novos corredores vão ser controlados apenas por militares do Sistema de Defesa Aérea, o que gerou protestos em um encontro de controladores realizado em Brasília.

O presidente da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo, um dos 14 que foram afastados do Cindacta-1 na última sexta-feira (22), não participou mas mandou um vídeo criticando a participação dos sargentos militares no controle do tráfego civil.

"Controladores sem habilitação, controladores sem o curso radar estão assumindo posições de controle de tráfego aéreo, em uma verdadeira operação de guerra. E dessa forma que está sendo vivenciada a crise, os procedimentos de segurança foram jogados fora", disse Wellington Rodrigues, presidente da Associação Brasileira dos Controladores.

O Comando da Aeronáutica respondeu à critica. Disse que todos os controladores militares que estão atuando no controle do tráfego civil tiveram treinamento para exercer a função com segurança.

Já para o Ministério Público do Trabalho, a solução definitiva para a crise do setor aéreo passa, entre outras medidas, pela contratação de novos controladores.

"Nós estamos com um número determinado de controladores, estamos operando no limite. É por isso nós propusemos a contratação de 600 novos controladores, porque nós queremos reduzir esse número de aeronaves monitoradas simultaneamente", disse o procurador Alessandro Santos de Miranda.

AtrasosBalanços da Infraero mostraram que, nos aeroportos, a situação foi tranqüila durante o dia. Até as 19h30, houve atrasos de mais de uma hora em 6,1% dos vôos.