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O ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco fechou acordo de delação premiada em que se compromete a devolver US$ 100 milhões (R$ 252 milhões) e contar o que sabe sobre o esquema de corrupção e propina na estatal. O novo delator da Lava Jato é considerado peça-chave para a força-tarefa da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) porque deverá revelar o esquema que era controlado pelo ex-diretor da área Renato Duque, indicado pelo PT. Ele foi preso na sexta-feira, na nova fase da operação.

O acordo evitou que Barusco fosse o 26.º nome da lista de prisões decretadas pelo juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato. O valor de restituição, a título de indenização, caso seja homologado pela Justiça, será o maior já obtido em um acordo com servidor da Petrobras.

Cerca de US$ 20 milhões de Barusco já haviam sido bloqueados na Suíça, onde ele mantinha uma conta. Ele foi apontado como braço-direito de Duque na cobrança de propina pelos executivos da Toyo Setal Julio Gerin de Almeida Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, que fecharam acordo de delação em 22 de outubro.

"Por meio desses depoimentos resta clara também a participação de Pedro Barusco, Renato Duque, ex-gerente executivo e ex-diretor da área de serviços da Petrobras, em diversos fatos criminosos investigados ou conexos com esta operação", escreveram os procuradores da Lava Jato no parecer de pedido de prisão de Duque. As delações dos executivos da Toyo foram decisivas para deflagração da nova etapa da Lava Jato.

Devolução

Até agora, os acusados já se comprometeram a devolver R$ 447 milhões aos cofres públicos. O MPF também fechou o primeiro acordo com as empreiteiras envolvidas no escândalo. Dois executivos do grupo Setal – Júlio Camargo e Augusto Ribeiro de Mendonça Neto – teriam concordado em devolver cerca de R$ 70 milhões. O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também deve devolver R$ 70 milhões. O doleiro Alberto Youssef deve entregar cerca de R$ 55 milhões.

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