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 | Alexandra Martins/Câmara dos Deputados
| Foto: Alexandra Martins/Câmara dos Deputados

O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) publicou neste sábado (6) um vídeo em que fala sobre as acusações de ter agredido e tentado estuprar uma militante de seu partido em julho.

“Eu quero dizer a todos vocês que embora eu esteja com o coração quebrado, machucado, com a minha família toda sofrendo, eu não vou julgar essa moça, eu perdoo ela, embora eu espere que ela seja responsabilizada pela falsa comunicação do crime”, disse ele no vídeo, ao lado da mulher, Edileusa.

A jovem Patricia Lélis, 22 anos, afirma que o pastor a arrastou pelos cabelos, socou e levantou sua saia quando ela recusou um convite para ser sua namorada em troca de um cargo em Brasília. Ela é militante do PSC e conhecida nas redes sociais por fazer vídeos em que fala contra a legalização do aborto e defende outras bandeiras conservadoras.

A acusação chegou às redes sociais na segunda-feira (1º), com prints de uma suposta conversa entre Feliciano e a jovem em que ele a ameaçava: “quem vai acreditar em você?”.

Nesta sexta-feira (5), o chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer, chegou a ser detido em São Paulo, e foi liberado na madrugada de sábado. Ele era acusado de coagir Lélis a gravar dois vídeos em que ela voltava atrás na acusação contra Feliciano, alegadamente usando uma arma para obrigá-la a entrar em um carro.

Há a suspeita de que Bauer tenha tentado subornar a jovem para que não acusasse mais o pastor.

Segundo o delegado Luís Roberto Hellmeister, do 3º DP (Campos Elíseos), onde a jovem registrou ocorrência e Bauer ficou detido, uma testemunha que teria estado com ela durante a gravação das imagens contradisse a versão de Lélis, e o chefe de gabinete foi liberado.

“Eu não tinha conhecimento sobre o que estava acontecendo com meu assessor e espero falar com ele na segunda-feira”, afirma Feliciano no vídeo, para em seguida assegurar que Bauer não havia sido preso, apenas convocado a prestar depoimento.

Ele fala que não havia se manifestado antes porque não havia Boletim de Ocorrência e “boataria me atinge todo dia”. “Agora, depois de ver o boletim, eu quero dizer pra vocês que eu tenho plena confiança na justiça divina e na Justiça dos homens”, disse.

“Como não conseguem me pegar em nada nesse país, não sou corrupto, não sou uma pessoa má, tocaram na minha moral”, diz ele. “Com o tempo vocês vão ver que isso não passa de uma grande farsa, de um grande engodo.”

A reportagem não conseguiu entrar em contato com Patricia Lélis.

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