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| Foto: EVARISTO SA/AFP

O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) mal assumiu e já deve ser alvo de protestos pelo Brasil. Desde a última quinta-feira (12), dezenas de manifestações estão sendo organizadas pelo país e devem ocorrer neste domingo (15) nas principais capitais, como São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e também em Curitiba.

Na capital paranaense, o protesto será na Praça Santos Andrade, local tradicional das manifestações populares, às 16 horas de domingo. Diferente de outros protestos que aconteceram ao longo do ano, esse não está sendo organizado por entidades específicas. O estudante de Direito Thiago Régis é um dos organizadores do evento “Fora, Temer” no Facebook, que já conta com mais de mil e setecentas pessoas confirmadas desde que foi criado, às 10h desta sexta-feira (13).

De acordo com Régis, a intenção do protesto é mostrar a indignação com as primeiras atitudes do governo de Michel Temer. “Nós sentimos uma profunda indignação ao acompanhar a formação do governo por meio dos ministros, muitos investigados pela Operação Lava Jato, e resolvemos agir de alguma forma”, disse. Para o estudante, o principal objetivo é buscar unir todos que estão descontentes com a classe política em geral e buscar debater soluções para o momento de crise no país. “Estes políticos que hoje assumem polarizaram o país em duas frentes. Queremos deixar de lado estas diferenças e lutar por um país mais honesto e buscar uma reforma política verdadeira”, afirmou.

Ainda de acordo com o manifestantes, outros protestos devem ocorrem, mas ainda não há data marcada. “Vamos decidir em conjunto, no domingo, mas os protestos vão acontecer com certeza. Eles tem que sentir a pressão do povo nas ruas”, finalizou.

Pelo Brasil

Algumas manifestações estão marcadas para esta sexta-feira, 13, e para o fim de semana em Brasília e no Rio de Janeiro. Além disso, um abaixo-assinado promovido na plataforma virtual de petições Avaaz pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) suspenda a nomeação dos ministros de Temer que são alvo da Operação Lava Jato. Romero Jucá (RR), que assume o Planejamento; o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que volta ao comando do Turismo; e o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (BA), que assumirá a Secretaria de Governo estão sob a lupa da operação. Até as 14h30, a petição tinha quase 85 mil assinaturas.

Os organizadores da petição explicam que assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve a posse suspensa como ministro da Casa Civil “em decorrência de seu suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato”, alguns ministros de Temer estariam na mesma situação. “Razão pela qual deve o Supremo se manifestar sobre a legitimidade destes para a posse nos cargos públicos e obtenção ou manutenção de foro privilegiado”, disse o grupo na explicação sobre o porque da petição.

Nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, deve ocorrer uma manifestação na Cinelândia organizada pelos grupos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular Rio de Janeiro. Até o momento, cerca de 19 mil pessoas confirmaram presença no evento criado na rede social Facebook para chamar os manifestantes. Além deles, outros 33 mil marcaram interesse pelo protesto.

Em Brasília, está programada uma manifestação para o domingo, 15, às 10h, em frente ao Palácio do Planalto. Também por meio do Facebook, 10 mil pessoas informaram que irão comparecer e 28 mil disseram ter interesse no evento.

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