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Setenta policiais, de um total de 300 da Força Nacional de Segurança, desembarcaram por volta das 12h deste domingo no Aeroporto de Vitória. A presença da força no Espírito Santo, segundo o chefe de Gabinete do governo do estado, Sebastião Barbosa, deve-se à radicalização dos rebelados da Casa de Passagem de Vila Velha, que recusam qualquer acordo ou proposta das autoridades para pôr um fim no motim iniciado na quarta-feira. Ao menos 700 presos estão rebelados na unidade de Vila Velha, onde mantêm quatro reféns.

De acordo com o Palácio Anchieta, as rebeliões na Penitenciária de Segurança Máxima de Viana e no Presídio Regional de Linhares - iniciados sábado - também fizeram com que o governador Paulo Hartung decidisse pedir auxílio à força tarefa. No Presídio Feminino de Tucum, houve um princípio de motim, mas foi contido por policiais do Batalhão de Choque.

Na penitenciária regional de Linhares (a 137 km de Vitória), os presos ainda mantém reféns cerca de 46 familiares que foram visitar detentos neste sábado. Na penitenciária de segurança máxima de Viana, os rebelados fizeram refém um agente penitenciário e aproximadamente 100 parentes de presos.

Segundo o governo capixaba, os militares vindos de outros estados brasileiros ficarão sob as ordens diretas do comandante geral da Polícia Militar coronel Coutinho. Os policiais vão atuar prioritariamente nos presídios.

Logo após o desembarque, os policiais seguiram para o Quartel Geral da Polícia Militar, em Maruípe, em Vitória, onde se reuniram com a cúpula da segurança pública estadual. Ainda no quartel, a Força Nacional de Segurança recebeu orientações e ouviu as estratégias que serão empregadas durante a atuação dos militares nos presídios capixabas.

As rebeliões levaram o governo do estado a suspender neste domingo as visitas nos 14 presídios sob responsabilidade da Secretaria de Estado da Justiça. Um agente penitenciário, quatro religiosos e um número ainda não confirmado de familiares de presos continuam reféns na Casa de Passagem de Vila Velha.

A tropa da Força Nacional ficou 18 dias em Campo Grande, para ajudar o governo estadual na crise dos presídios, destruídos pelos presos em maio com a revolta organizada nas cadeias em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

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