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Os fundos previdenciários ligados às prefeituras paranaenses de Almirante Tamandaré, Colombo, Curitiba, Guaratuba, Palmeira e Pinhão estariam envolvidos com as movimentações suspeitas identificadas pelo Ministério da Previdência Social e pelo Banco Central. A Gazeta do Povo conseguiu contato com os responsáveis por quatro dos seis institutos e eles declararam que estavam surpresos com a investigação, uma vez que estariam de posse da certidão de regularidade previdenciária – um documento que é renovado a cada trimestre somente se todas as ações forem consideradas corretas.

O presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC), Lourenço Fregonesi, relata que não foi notificado sobre nenhum problema. "Isso tudo é bastante estranho. Passamos por auditorias freqüentes e a última, no ano passado, não constatou nada", conta. Para ele, se há corretoras com atuação duvidosa no mercado, o Banco Central deveria ter tomado providências para impedi-las de atuar. O IPMC, que administra a previdência de 39 mil pessoas, tem patrimônio avaliado em R$ 100 milhões – sendo 20% investidos em títulos públicos.

A presidente do instituto ligado à prefeitura de Almirante Tamandaré, Silvana Busato, declara que a atual gestão herdou títulos da administração anterior e que não realiza operações de compra e venda desde 2005. O conselho avalia a possibilidade de credenciar corretoras para negócios futuros. No momento, o instituto tem R$ 3,8 milhões em títulos. A diretora-superintendente do Colombo Previdência, Neuza Barbosa, informa que a última negociação envolvendo títulos públicos foi feita em 2005. Ela conta que uma auditoria apontou inconsistências contábeis em 2004, mas que nenhum problema com títulos havia sido comunicado. O fundo tem R$ 25 milhões em títulos e gerencia a previdência de 4,5 mil pessoas.

O Fundo de Previdência Municipal de Pinhão (Funprev) tem aproximadamente 35% do patrimônio em títulos públicos. "Não temos como comprar mais. Ou ficaríamos sem liquidez. Mas eles têm a melhor rentabilidade do mercado" comenta o diretor executivo, Sildo Nei Levinski. O instituto nunca vendeu títulos – apenas adquiriu. "Temos todas as compras aprovadas pelo Tribunal de Contas", salienta. Ele conta que uma equipe do Ministério da Previdência Social realizou auditoria em 2006, mas que nenhuma resposta foi encaminhada. O Funprev gerencia a aposentadoria de 646 pessoas, movimentando mensalmente cerca de R$ 115 mil. (KB)

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