| Foto: Fotos: Henry Milleo/Gazeta do Povo e Brunno Covello/Gazeta do Povo

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), e o senador mineiro Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, trocaram críticas em eventos neste sábado em Curitiba. Na sexta-feira, Aécio disse que o Paraná sofre "perseguição política" do governo federal, que liberaria menos verbas para o estado. Neste sábado, durante evento de lançamento da campanha de reeleição do presidente nacional do PT, Rui Falcão, Gleisi chamou o tucano de "mal informado".

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Aécio Neves: ciclo petista na administração federal merece ser encerradoEm Curitiba, presidente do PT diz que foco é a reeleição de Dilma

Segundo a ministra, o governo do Paraná não obtém a liberação de verbas porque "não consegue apresentar certidão negativa [de débitos]". As medidas de contenção de gastos anunciadas na sexta-feira pelo governador Beto Richa (PSDB) também foram alvo de críticas. "Depois de dois anos [de denúncias], o governo reconhece que a oposição está certa", afirmou o deputado estadual Enio Verri, presidente estadual do PT. Verri ironizou os cortes de mil cargos comissionados e de quatro secretarias. "Quer dizer que não eram necessários?", questionou.

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Ainda para rebater as declarações de Aécio, Gleisi enumerou obras do governo federal no estado, como o contorno de Maringá e de Cascavel, além de melhorias no Porto de Paranaguá. "As principais obras no estado hoje estão sendo tocadas pelo governo federal", afirmou. Ela minimizou as críticas a atrasos no Programa de Investimentos em Logística (PIL), que estaria afastando investidores. "Vejo as críticas como naturais. É um projeto ousado, de R$ 200 bilhões. O último desse tamanho a ser lançado no Brasil foi o PAC, em 2007, e o PIL surge como complemento".

Fim de ciclo

Aécio Neves, que esteve em Curitiba para participar de um encontro de lideranças do PSDB na Região Sul, disse que o ciclo petista na administração federal merece ser encerrado. "Vamos contrapor a nossa visão de meritocracia na administração pública ao aparelhamento da máquina federal feito pelo PT", disse o senador.

Aécio foi a principal estrela do encontro tucano para militantes da Região Sul. O governador Beto Richa e os senadores Alvaro Dias (PR) e Aloysio Nunes (SP) também estiveram presentes.

Neves focou suas críticas na condução da política econômica do governo federal: "Neste ano vamos crescer apenas mais que a Venezuela na América do Sul. A inflação de alimentos ultrapassa 10%. Isso não é justo com os brasileiros. O PSDB tem responsabilidade. Não é nem uma opção. Temos a responsabilidade de apresentar esse novo projeto."

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Desencontro

O evento do PT ocorreu no Hotel Bourbon, no Centro, quase simultaneamente à comemoração de 25 anos do PSDB, da qual participou Aécio Neves. O senador e Gleisi estavam no hotel, mas não chegaram a se encontrar.

Enquanto a comitiva do PT tomava café no restaurante do hotel, por volta das 9 horas, o senador já tinha saído — o evento do PSDB estava marcado para o mesmo horário no Clube Urca, no Bom Retiro.