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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

O Ministério da Agricultura suspendeu, nesta sexta-feira, a comercialização de leite integral de quatro empresas do país. A interdição é por tempo indeterminado e foi adotada na Coopervale, Casmil, Avipal e em duas sedes da Parmalat.

O esquema de adulteração de leite foi descoberto pela Polícia Federal, que prendeu 27 pessoas na operação batizada de "Ouro Branco", realizada na região do Triângulo Mineiro e de Passos, no sul do país . A decisão foi tomada depois de técnicos do ministério terem analisado e verificado que o leite integral destas empresas estão fora dos padrões de comercialização. Os fiscais também estão vistoriando equipamentos e as instalações destas empresas.

Ainda nesta sexta-feira, o leite que estava armazenado em tanques na Coopervale foram levados para a cidade mineira de Lavras. Um caminhão com 56 mil litros de leite adulterado saiu da unidade durante a manhã. O produto será descartado no aterro de resíduos industriais da cidade.

Indústria quer criar selo de qualidade

O escândalo de adulteração do leite fez a Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV) anunciar que vai lançar, a partir de 2008, um selo para atestar a qualidade do produto no país.

Segundo o vice-presidente da associação, Laércio Barbosa, para obtê-lo, as empresas precisariam se enquadrar em uma série de normas, além de atestar a qualidade do produto com avaliações periódicas. O selo de pureza tem como modelo o instituído pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

Barbosa disse ainda que as indústrias do setor foram vítimas de fraude provocada por produtores de leite cru e, até agora, não há laudo conclusivo atestando a presença de água oxigenada ou soda cáustica no leite longa vida.

- A fraude aconteceu na matéria-prima (no leite cru), e as empresas que compraram (o produto) são vítimas - afirmou.

Um relatório sigiloso do Ministério Público Federal (MPF), cujo conteúdo foi divulgado na segunda-feira, no entanto, confirma a contaminação do leite adulterado em cooperativas de leite do sul de Minas Gerais com peróxido de hidrogênio , que é conhecido como água oxigenada. O relatório diz ainda que o produto poderia causar danos à saúde.

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