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O depoimento da mãe do menino João Hélio Fernando Vieitis, de 6 anos, morto arrastado por um carro no último dia 7 de fevereiro, nesta sexta-feira (16) marca o fim do inquérito sobre o caso. "O depoimento foi muito importante para firmar nossa convicção e elaborar o relatório final. O caso segue agora para o Ministério Público", disse o delegado titular da 30ª DP (Marechal Hermes).

Rosa Fernandes foi ouvida em local secreto, previamente marcado. Visivelmente abalada, ela conversou "durante horas", segundo o delegado, e teria confirmado dados importantes que encerram as investigações.

Segundo o depoimento da mãe de João Hélio, os suspeitos sabiam que o menino estava pendurado no carro e carregavam dois revólveres. Ela também confirmou que cinco euros foram roubados de sua bolsa. O fato confirma o que Diego Nascimento da Silva disse em seu depoimento. O investigado relatou que trocou o dinheiro em uma feira de Madureira, no subúrbio, e que estava em companhia do menor de 16 anos, que está preso. Diego comprou dois refrigerantes e dois cachorros-quentes.

Aline, irmã de João Hélio, não foi ouvida. "Ela não tem condições psicológicas de falar", disse Hércules do Nascimento. O delegado ainda completou: "Temos que entender o momento dela".

Com a última peça que faltava para a conclusão do inquérito que apura o caso em mãos e mesmo sem o aparecimento de novas testemunhas, o delegado se mostrou satisfeito com o depoimento da mãe de João Hélio.

Na noite de quinta-feira (15), após a reconstituição do trajeto seguido pelos acusados depois do assalto, o delegado e peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli voltaram a dois pontos em que testemunhas-chave disseram ter visto os bandidos para testes de visibilidade no mesmo horário do crime.

O primeiro, próximo à esquina das ruas João Vicente e Pereira de Figueiredo, foi onde o motoqueiro que seguiu os acusados se aproximou pela primeira vez do carro. Já o segundo, na altura do número 116 da Rua Capitão Couto Menezes, foi onde o mesmo motoqueiro foi novamente ameaçado com uma arma pelos suspeitos, que exigiram que ele fosse embora.

De acordo com o responsável pelo inquérito, a princípio os testes mostraram que havia condições de visibilidade, mas ele aguarda o laudo oficial dos peritos, que deve ser encaminhado entre as próximas quinta (22) e sexta-feira (23), para poder fazer a afirmação. O delegado, que ainda demonstrando estar emocionado, também voltou a lamentar que o crime tenha ocorrido na região onde cresceu e passou sua infância. "É uma tristeza muito grande", disse.

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