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Obra de Domicio Pedroso | Divulgação/Solar do Rosário
Obra de Domicio Pedroso| Foto: Divulgação/Solar do Rosário

Maringá discute integração do sistema de ônibus

Ainda em fase de consolidação, a região metropolitana de Maringá (RMM), coloca em primeiro lugar a integração do transporte coletivo. O presidente da RMM, João Ivo Caleffi (PT), realizou mais de 20 reuniões com prefeitos, vereadores e representantes dos 14 municípios abrangidos.

A integração se daria entre os municípios de Maringá, Sarandi e Paiçandu, que tem um fluxo de aproximadamente 35 mil pessoas por dia e 300 ônibus nos horários de pico. O aspecto econômico é levado em consideração. "Muitas empresas deixam de contratar um funcionário porque precisam pagar o dobro de vale-transporte para quem trabalha em cidades próximas de Maringá", cita Caleffi.

Ele acredita que a integração pode acontecer ainda este ano. Com isso, o trabalhador poderia pagar uma única passagem para se deslocar entre os três municípios integrados. Porém, a concessionária que explora o sistema na cidade espera um estudo técnico de viabilidade e diz que a questão é técnica com interesse político. "Não existe gratuidade no sistema sem contrapartida", rebate o diretor da Transporte Coletivo Cidade Canção, Roberto Jacomelli. Ele explica que o custo precisa ser bancado pelos municípios ou por um reajuste na tarifa.

A RMM foi discutida por cerca de 20 anos e a criação se deu por lei estadual. O orçamento estadual dispensado seria de R$ 1,6 milhão, mas ainda não foi oficializado.

Andye Iore

Ponta Grossa – A Assembléia Legislativa estuda a criação de regiões metropolitanas em Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Guarapuava. Os projetos já foram levados para análise das secretarias de Desenvolvimento Urbano (Sedu) e de Planejamento. Curitiba é sede de região metropolitana desde 1974, enquanto as de Londrina e Maringá foram aprovadas, mas estão em fase de consolidação.

As propostas geram opiniões divergentes. Especialistas recomendam cautela, prefeitos ainda esperam a aprovação para testar os resultados práticos, enquanto deputados buscam a união das regiões por eles representadas e, ao mesmo tempo, maior prestígio político entre seu eleitorado.

O engenheiro civil dedicado a planejamento urbano, Joel Larocca, considera que a implantação de uma região metropolitana deve seguir dois passos básicos. "Primeiro, o bom senso sobre a distância entre os municípios e, segundo, a análise criteriosa da interdependência entre as cidades", cita.

O prefeito de Ponta Grossa, Pedro Wosgrau Filho (PSDB), admite que desconhece os resultados práticos da implantação, mas é otimista quanto à proposta. O deputado Chico Noroeste (PL), que assina os projetos de Foz do Iguaçu e de Cascavel, acredita que o benefício imediato é a "soma de esforços".

Desde 2005, a lei estadual complementar número 111 estabelece a criação e disciplina o funcionamento de regiões metropolitanas paranaenses. Ela não leva em conta números de habitantes nem distância entre cidades pertencentes à mesma região. Fala apenas em requisitos de criação, como conurbação (fusão de cidades no entorno da metrópole), interesses em comum e ainda interdependência social, econômica e de serviços públicos.

Além das propostas já encaminhadas à Assembléia, municípios menores também desejam formar uma região metropolitana. É o caso de Telêmaco Borba, nos Campos Gerais, que possui menos de 60 mil habitantes. O prefeito Eros Danilo Araújo (PMDB) ainda não se manifesta sobre a proposta, mas há grupos políticos que apóiam a iniciativa.

O prefeito de Curiúva, Márcio da Aparecida Mainardes (PMDB), vê a região metropolitana de Telêmaco Borba como uma possibilidade de unir os colegas e cobrar mais atenção do governo do estado. O amadurecimento da proposta, no entanto, ainda depende da criação da Associação dos Municípios do Vale do Tibagi (Amuvati), que ainda não saiu do papel.

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