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O estado de saúde de Alberto Youssef, investigado na Operação Lava Jato, é considerado bom. A informação consta no boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Cruz, de Curitiba, onde o doleiro foi internado por volta das 15 horas deste sábado (29), depois de sofrer um desmaio na carceragem da Polícia Federal (PF).

Segundo o documento, Youssef, que está sob escolta da polícia, está consciente e realiza exames complementares para elucidação diagnóstica. Ele chegou com febre ao hospital, e, segundo o advogado dele, Antonio Figueiredo Basto, também teve dor abdominal e problemas de pressão. Ainda não há previsão de alta.

Preso desde março na PF de Curitiba, o doleiro é um dos delatores do esquema de corrupção na Petrobras. Esta é a quarta vez que problemas de saúde fazem com que Yousseff tenha de ser levado a uma instituição de saúde.

O doleiro tem problemas de coração, mas o estresse é que teria agravado sua saúde. Desde a prisão, ele emagreceu 16 quilos. "Há um clima de apreensão pela gravidade do quadro. Estamos preocupados porque ele sofre de problema coronariano crônico, mas o que mais assusta agora é a questão da desnutrição dele", disse Basto.

De acordo com o advogado, um processo movido pela defesa tentará fazer com que o doleiro passe a ser submetido a tratamento urgente de recuperação fora da carceragem da PF. "A Polícia Federal tem feito tudo que é possível, dentro dos limites, para atender o Alberto, mas lá não há condições dele ter uma melhora no quadro de nutrição e que ele tenha uma recuperação cardiovascular completa". Basto informou que não pode passar mais detalhes do processo movido para tentar tirar Youssef temporariamente da carceragem da PF, mas que o resultado da petição deve sair na próxima semana.

Quarta internação

Essa é a quarta vez que Youssef é internado. Em outubro, na véspera da eleição presidencial, a pressão dele teria baixado, segundo investigadores, a 6 por 3. Na ocasião, o doleiro foi internado pela terceira vez e boatos se espalharam na internet de que ele havia morrido por envenenamento. Nessa ocasião anterior, nota assinada pela Polícia Federal, e não pelo hospital, informou que ele teve "uma forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica".

A primeira internação do doleiro foi em julho. Ele infartou e teve de ser submetido a um cateterismo.

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