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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, faz nesta segunda-feira (30) sua primeira reunião com o Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) desde que assumiu o cargo na semana passada. O encontro estava marcado para começar às 12h, mas foi adiado para as 17h, na sede do próprio ministério.

Na reunião, deve ser discutida a implementação das medidas já anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para reduzir o movimento no aeroporto de Congonhas, ampliando as condições de outros aeroportos de São Paulo.

A primeira providência pode ser o início de reformas no aeroporto de Jundiaí, de modo a equipá-lo para que possa receber vôos de jatos particulares e de táxis-aéreos. Para isso, deve ser construída uma torre de controle e instalado equipamento que permite pousos em condições meteorológicas ruins, o chamado ILS – e o mais simples, o ILS-1.

O Conac deve discutir ainda as reformas nos aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Cumbica, em Guarulhos. Em Viracopos, estuda-se a construção de uma nova pista de pouso e o terceiro terminal de passageiros em Cumbica. O governador de São Paulo, José Serra, propôs ao governo federal a construção de uma terceira pista em Cumbica e de um trem de passageiros entre Guarulhos e São Paulo.

O Conac, presidido por Jobim, é integrado pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda, do Desenvolvimento, do Turismo e das Relações Exteriores, além dos presidentes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e da Infraero.

O conselho voltou a ganhar peso no governo depois do acidente com o avião da TAM no último dia 17 que matou cerca de 200 pessoas no aeroporto de Congonhas. O Conac tenta, por exemplo, intervir na Anac, desgastada com a crise no setor. No domingo, Jobim reuniu-se em sua casa com o presidente do órgão, Milton Zuanazzi.

Especula-se que Jobim possa ainda encontrar-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda. Essa reunião, porém, não consta na agenda oficial do presidente e ainda não foi confirmada por sua assessoria.

Lula, aliás, tem reunião de coordenação política logo pela manhã, quando também deve discutir a crise no sistema aéreo. O presidente se reúne depois com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e, à tarde, faz despachos internos com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.

Caixas-pretas

Integrantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) se reúnem nesta segunda para avaliar os dados das duas caixas-pretas do Airbus da TAM que caiu em São Paulo. Eles pretendem agora sincronizar as informações existentes no gravador de vozes do avião com o banco de dados sobre o funcionamento técnico da aeonave.

O Cenipa prometeu entregar esse material à CPI do apagão aéreo da Câmara até a próxima quarta-feira (1). CPI que nesta semana mantém em seu calendário depoimentos sobre o acidente. Nesta terça, os deputados ouvem o diretor-presidente da Pantanal Linhas Aéreas, Marcos Sampaio Ferreira. Um avião da companhia derrapou na pista de Congonhas no dia anterior ao da tragédia da TAM.

No mesmo dia, a CPI quer ouvir o superintendente de Empreendimentos de Engenharia da Infraero, Armando Schneider Filho, e o presidente da Infraero, José Carlos Pereira. Na quarta, será a vez do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, falar aos deputados. E, na quinta, a CPI pretende ouvir o do presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, e o representante da Airbus no Brasil, Mário Sampaio.

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