O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou nesta quarta-feira, 16, que um eventual afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tira a legitimidade da decisão do peemedebista de ter admitido a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. “É importante separar a mensagem do mensageiro. O pedido foi acolhido porque tem fundamento. Não tem nada a ver com a situação processual do Cunha”, afirmou o tucano.
Mais cedo, o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antecipou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Cunha do cargo de deputado.
Sem ter tido acesso à manifestação de Janot que embasou o pedido contra o presidente da Câmara, o líder do PSDB avaliou que o Ministério Público Federal decidiu tomar essa decisão por conta do tom provocativo de Cunha. Segundo o tucano, Cunha adota como linha de defesa partir para o ataque. “Seu (o de Cunha) interesse pessoal não pode ser maior que a República”, disse.
Cássio Cunha Lima defendeu que a realização de novas eleições - proposta que é um dos principais entusiastas no PSDB - seria o melhor caminho para sair da crise econômica. Para o tucano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem dado “repetidos sinais” de que poderá cassar Dilma e seu vice Michel Temer ainda este ano em razão das investigações da Operação Lava Jato, o que provocaria um novo pleito.
Segundo o líder do PSDB, com essa saída a sociedade será chamada a decidir.
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