Líderes de partidos de deputados processados no Conselho de Ética reagiram, nesta terça-feira, às declarações do relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio sobre a possibilidade de estar ocorrendo um 'acordão', para salvar deputados processados.
Os líderes negaram a participação em qualquer tipo de acordo para garantir a absolvição dos deputados e condenaram o fato de o relator da CPI fazer a acusação sem apresentar provas.
- Não sei de acordo nenhum e o (Roberto) Brant não tem nada a ver com o mensalão. Ele tem que dar nome aos bois e não fazer como o Lula, para que não fique todo mundo sob suspeita. A instituição já está muito desgastada para ficar aceitando este tipo de denúncia vazia - cobrou o líder do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ).
O líder do PP, deputado Mário Negromonte (BA), disse que o relator está sendo leviano.
- Nunca chegou aos meus ouvidos tal proposta. Se tem provas que as apresente, denuncie e represente contra alguém que estiver fazendo isso (o acordão) - disse.
O líder do PL, deputado Sandro Mabel (GO), absolvido pelo plenário das acusações de ter participado do esquema de compra de deputados, também criticou Serráglio. Para ele, alguém deve representar contra o relator no Conselho de Ética da Câmara.
Mabel contou que propôs isso quando Serraglio incluiu seu nome, sem provas, na lista dos envolvidos no valerioduto, mas que a presidência de seu partido achou melhor não representar contra ele.
- O Serraglio está extrapolando da função de relator. Para aparecer no jornal ele afirma coisas em cima de suposições, sem provar nada - disse Mabel.
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