O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nos encontros políticos que o ano eleitoral começou e que fará uma prestação de contas detalhada aos partidos da base aliada sobre as ações do governo. Segundo o presidente nacional do PSB, deputado Eduardo Campos, Lula manteve a decisão de só anunciar em junho sua decisão sobre candidatura à reeleição.
O presidente argumentou que não quer se precipitar ao prazo estipulado na lei eleitoral e que, até lá, "quer colher o que plantou" no governo. Nos encontros com os presidentes do PSB e do PCdoB, Lula disse que é importante os partidos da base aliada manterem a aliança nas eleições de 2006, procurando fazer o maior números de coligações nos estados, embora o PT na prática sempre resista em abrir mão em nome de outros candidatos. O PSB disse que apoio a uma possível candidatura de Lula depende de um novo programa de governo compromissado de forma mais direta com o desenvolvimento e o crescimento econômico.
- O presidente disse que não toma nenhuma decisão sobre se é candidato ou não até junho. Mas ele disse que os partidos da base aliada devem conversar e ver onde dá para terem alianças nos estados. Se o presidente Lula for candidato, temos que discutir uma nova "Carta aos brasileiros", com tom mais arrojado, mais desenvolvimentista, porque está na hora de crescer - disse Eduardo Campos ao deixar o Palácio do Planalto, numa referência à carta apresentada por Lula na campanha de 2002 e na qual se comprometeu com os fundamentos da economia.
Segundo Eduardo Campos, o presidente quer repassar às executivas dos partidos aliados para mostrar as realizações do governo. Ele também está conversando com governadores, como Jarbas Vasconcelos (PE) ontem. Lula, nas conversas, também reclamou dos ataques ao governo feitos pela oposição. Segundo o presidente, "ninguém agüenta mais esses ataques".
- Não vou perder a oportunidade de colher os frutos e não vou me precipitar - disse Lula, nas conversas.
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