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Afonso Pena registra apenas um atraso pela manhã

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Em tom firme e com aparente irritação com a crise aérea nos aeroportos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, no programa Café com o Presidente desta segunda-feira (25), que é preciso "botar a casa em ordem" e que ordenou à Aeronáutica que "faça o que tiver que ser feito para cumprir com a determinação".

Na última semana, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, afastou 14 controladores e determinou a detenção de outros 2, além de lançar um plano de emergência para o caos que há cerca de sete meses toma conta dos aeroportos brasileiros.

Lula classificou como "terrorismo" as críticas ao programa que controla as operações de vôo no Brasil. No domingo (24), em entrevista ao "Fantástico", o representante da Federação Internacional de controladores de tráfego aéreo (Ifatca), Christoph Gilgen, disse que os equipamentos de controle aéreo no Brasil são ultrapassados.

"Em todas as conversas que tive com Saito, ele me assegurou que o sistema brasileiro é um dos mais modernos do mundo, um dos mais sofisticados do mundo. Não existe possibilidade de ficar passando terrorismo para a sociedade", disse o presidente.

Em tom de ameaça, o presidente afirmou que é necessário ter mais controladores, "formar o quanto é necessário" para substituir pessoas que fazem "movimentos" que prejudicam o sistema aéreo.

"Vamos formar um exército para trocar a hora que tiver que trocar", disse Lula, que confirmou que há, no momento, 360 controladores em formação.

Lula criticou a greve da categoria e disse que fez muitas greves na vida dele, mas considerou diferente as paralisações em empresas por reivindicações salariais das greves onde a "vítima é o ser humano".

"Fiz muitas greves em minhas vida e sei quando há má fé, má vontade, indisposição".

O presidente comemorou a normalização dos pousos e decolagens nos aeroportos neste domingo, que registrou apenas 5,1% de atrasos, e finalizou dando outro recado, de forma mais suave, aos controladores.

"Quero pedir a compreensão do povo, dos controladores. Mas é preciso botar ordem na casa, pois não é possível continuar sofrendo por interesse de poucos".

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