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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (18), após almoço com o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, que sua relação com o PMDB é "a melhor possível" e que não vai interferir na sucessão na Câmara dos Deputados e no Senado. Segundo ele, não cabe a participação do presidente da República nesse caso.

"Minha relação com o PMDB é a melhor possível. Fico vendo o diz-que-diz pela imprensa, mas o que importa para mim é minha relação direta com o PMDB. Eu já disse ao PMDB que quero fazer um jantar com os ministros e com os lideres do PMDB para a gente ir afinando a viola para as coisas que a gente tem que fazer até 2010. A minha relação e a do governo com o PMDB é a melhor possível. O PMDB tem prestado um serviço importante nas pastas que ele dirige", disse Lula sobre o seu principal partido aliado.

A disputa entre PT e PMDB para apontar o futuro presidente do Senado tem aumentado nas últimas semanas e líderes peemedebistas têm dito que Lula se reuniria com a cúpula da sigla para discutir a sucessão no Congresso Nacional. O presidente disse que esse encontro não ocorrerá nesta terça-feira e ainda não tem data marcada.

"O presidente da República não pode ficar dizendo quem é que deve ser o presidente da Câmara ou do Senado. Isso é uma coisa do Congresso Nacional, a Câmara e o Senado é que indicam quem serão seus candidatos. Ao presidente da República interessa que eles escolham quem é que pode dirigir melhor as Casas e possa ter a melhor relação com o Executivo", argumentou.

Lula lembrou que o PMDB tem a maior bancada nas duas Casas e isso lhe dá o direito por tradição de indicar os presidentes da Câmara e do Senado. Contudo, o presidente também salientou que não há experiência no Congresso de um partido comandar as duas Casas.

Reforma ministerial

A sucessão no Senado e na Câmara tem motivado especulações sobre mudanças nos ministérios ocupados pelo PMDB. Lula fez questão de dizer que não está pensando numa reforma ministerial e disse que só trocará membros do governo em 2010.

Questionado sobre a possível saída do ministro da Saúde, José Temporão, o presidente foi taxativo: "Ministros daqui para frente só sairão aqueles que terão que ser candidatos em 2010 e terão que sair até abril [de 2010]. Temporão? Fica, ele é meu ministro", disse.

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