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Recursos

Mensalão: oito réus apresentam recursos contra suas condenações

Sete deles apresentaram um recurso mais simples, conhecido como embargos declaratórios, que serve para sanar omissões, contradições ou obscuridades no acórdão, mas não tem poder de reverter as condenações

Oito dos 25 réus do mensalão enviaram recursos contra o julgamento do mensalão. O prazo para a apresentação de parte dos chamados embargos encerra-se à meia-noite.Entre os oito, sete apresentaram um recurso mais simples, conhecido como embargos declaratórios, que serve para sanar omissões, contradições ou obscuridades no acórdão -- documento que resume o que foi decidido no julgamento -- mas não tem poder de reverter as condenações.

Até agora, os sete que apresentaram os embargos declaratórios foram os deputados Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-deputados Pedro Corrêa, José Borba e Bispo Rodrigues, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas e o delator do esquema Roberto Jefferson, que havia apresentado seu recurso ontem.

Na lista o oitavo é o ex-vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane. Mesmo em tese sem ter direito, ele ingressou com outro recurso, restrito a quem obteve quatro votos por sua absolvição, conhecido como embargos infringentes.

A defesa alega que em votações apertadas quando a corte não está completa não é possível se exigir os quatro votos para os infringentes.

Por isso, devido à aposentadoria de Ayres Britto, que não participou de parte do mensalão, Samarane, na visão de sua defesa, também teria direito a infringentes, que têm a capacidade de reverter condenações.

O STF só disponibilizou, até o momento, o conteúdo de alguns dos recursos apresentados. Veja abaixo resumo do que é pedido pelos réus:

Pedro Henry

Pede a redução de sua pena por corrupção de 2 anos e 6 meses para uma pena abaixo de 2 anos, o que levaria o crime para a prescrição. Segundo a defesa, a redução deixaria a pena de Henry proporcional de outros réus que também foram condenados por corrupção.

Jacinto Lamas

Ex-tesoureiro do PL, condenado a 5 anos por lavagem de dinheiro, diz que sua situação é idêntica à do ex-assessor do PP João Cláudio Genú, que no julgamento do primeiro lote de recursos conseguiu reduzir sua pena 5 para 4 anos. Por isso, também pede a redução de sua condenação.

Pedro Corrêa

A defesa volta a pedir a redução de pena de ex-deputado, fixada em 7 anos e 2 meses de prisão, por ele ter confessado seus crimes. Diz ainda a correção de erro na primeira fase de recursos não poderia ter sido feita. Como o erro mostrava uma pena menor ao réu, ela deveria ser mantida. Para a defesa, a correção prejudicou Corrêa, o que não pode acontecer na fase de recursos.

Vinícius Samarane

Apesar de não ter tido quatro votos por sua absolvição, o ex-vice-presidente do Banco Rural ingressou com embargos infringentes pedindo sua absolvição pelo crime de lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta de instituição financeira. Para sua defesa, como não havia 11 ministros no plenário na fase final do julgamento devido à aposentadoria de Ayres Britto, os advogados alegam que o número de votos necessários para os infringentes também precisa ser flexibilizado.

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