Os adolescentes do programa Jovens Pela Paz são pagos com dinheiro público para promover a paz e a cultura. No entanto, na prática, estão sendo obrigados a formar milícias políticas. Por isso, o Ministério Público (MP) estadual denunciou o secretário de Governo Garotinho, o ex-prefeito de Nova Iguaçu Mário Marques e o coordenador do programa, Wilson Pinheiro Sombra por improbidade administrativa.
O MP enviou a denúncia à 1.ª Vara Cível de Nova Iguaçu.Segundo a denúncia feita pelos promotores de Tutela Coletiva de Nova Iguaçu e do Ministério Público do Trabalho, sob pena de serem sumariamente desligados do programa, os jovens eram obrigados a se filiar à Juventude do PMDB, participar intensamente das campanhas políticas do partido, contribuir financeiramente para reuniões políticas do PMDB, trabalhar em zonas eleitorais em períodos de eleição, e entregar, em alguns casos, cartões bancários pessoais, destinados ao recebimento de seus pagamentos a determinados monitores do programa.
De acordo com os depoimentos de pessoas que participaram do programa, os monitores do Jovens Pela Paz obrigavam os bolsistas a participarem de eventos do PMDB, inaugurações de obras e várias outras manifestações políticas envolvendo o partido, sob ameaça de desligamento do projeto.
Alguns dos jovens fizeram cadastramento de idosos para a Farmácia Popular - outro projeto do governo do estado - em Nova Iguaçu. Uma das jovens que prestou depoimento ao MP informou que, num dos encontros, os integrantes do programa tiveram de gritar, em coro, a seguinte frase: "Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos Garotinho presidente do Brasil".
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