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O Ministério Público (MP) de São Paulo pedirá a quebra do sigilo telefônico do ex-secretário municipal de Governo Antonio Donato, que deixou o cargo na tarde de terça-feira (12) após denúncias de envolvimento dele com o grupo de auditores fiscais investigados por fraudes na cobrança do Imposto Sobre Serviço (ISS).

Segundo Eduardo Horle Barcellos, um dos servidores públicos presos no fim do mês passado suspeito de desviar cerca de R$ 500 milhões dos cofres da Prefeitura de São Paulo, o então vereador Donato recebeu, entre dezembro de 2011 e setembro do ano passado, R$ 20 mil mensais do grupo.

O pagamento, segundo Barcellos, era feito no gabinete do então parlamentar. O auditor fiscal afirmou que o colega Ronilson Bezerra Rodrigues, suspeito de liderar o grupo, dizia ser o pagamento "investimento futuro" visando bons cargos na administração municipal para os dois num futuro governo petista. Ao MP, Barcellos contou que falava diretamente com Donato via telefone celular desde 2011.

"Parte do dinheiro que ele (Barcellos) recolhia a título de propina, ele repassava ao Donato. Mas em momento algum ele disse ao vereador que era dinheiro de propina", disse o promotor de Justiça Roberto Bodini, que investiga o enriquecimento ilícito dos quatro servidores, ao Jornal Nacional, da TV Globo.

Barcellos e Ronilson queriam continuar em bons cargos na Prefeitura de São Paulo. O primeiro chegou a trabalhar este ano três meses na pasta comandada por Donato, segundo divulgou nesta terça-feira o jornal "Folha de S.Paulo". Já o segundo foi indicado pelos petistas para uma diretoria da São Paulo Transporte (SPTrans).

Procurado pela TV Globo, Antonio Donato negou todas essas acusações. Disse que o objetivo do grupo de fiscais é desviar o foco da investigação, que está centrada na gestão passada, de Gilberto Kassab (PSD).

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