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“Faço a minha campanha e não me preocupo com outros candidatos. (...)  Acho que quem acusa precisa ter provas” | Henry Milleo/Gazeta do Povo
“Faço a minha campanha e não me preocupo com outros candidatos. (...) Acho que quem acusa precisa ter provas”| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Perfil

Idade: 61 anos

Estado civil: casado com Maria Izabel, presidente do Serviço de Obras Sociais de Ponta Grossa, e pai de três filhos

Profissão: engenheiro civil e empresário dos setores de construção civil e madeireiro

Trajetória política: foi prefeito, pela primeira vez de 1989 a 1992, e reconduzido ao cargo em 2005. Reeleito no último domingo com 89.538 votos, equivalente a 52,26% dos válidos.

  • Confira as principais propostas de Wosgrau

O mês de outubro não poderia ter sido melhor para o prefeito de Ponta Grossa, Pedro Wosgrau Filho (PSDB). Ele conseguiu, em duas oportunidades, reverter o jogo e assumir a preferência do eleitorado. Assim, conseguiu lugar de destaque na história política da cidade ao ser o primeiro prefeito reeleito e o primeiro a ser escolhido para o cargo pela terceira vez. E ainda contou com uma "ajudinha" da crise econômica mundial no processo de recuperação judicial da empresa que administra. Exportador de madeira para os Estados Unidos, com contratos em dólar, é beneficiado pela supervalorização da moeda estrangeira.

Com tantos motivos para comemorar, Wosgrau protagonizou uma grande festa nas principais ruas da cidade na noite de domingo, com uma carreata que foi acompanhada por milhares de pessoas. A segunda-feira foi menos popular, mas não menos agitada. Wosgrau passou a manhã em casa, dando entrevistas e atendendo telefonemas de parabenização. À tarde, mesmo sem expediente na prefeitura (já que o recesso do dia do servidor foi adiantado do dia 28 para ontem), foi ao gabinete para despachar.

Qual a resposta que Ponta Grossa dá com o resultado das urnas?

Na verdade, está dando uma resposta para a nossa administração, dizendo que aprova e que gosta do nosso jeito.

De acordo com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP), 90% das prefeituras do estado já iniciaram alguma medida de contenção de despesas para conseguir cumprir as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em Ponta Grossa isso também deve acontecer?

Algo terá de ser feito, mas ainda não foram definidas quais as medidas para o ajuste necessário.

O senhor nunca perdeu uma eleição – já disputou três. Isso não é um incentivo para continuar tentando?

É um estímulo, mas vamos dar tempo ao tempo.

Já decidiu se haverá mudanças no secretariado?

Acontecerão mudanças, mas só irei anunciar em dezembro. Começo a pensar em nomes só na outra semana, mas me sinto livre porque não tenho compromissos com pessoas ou partidos.

O senhor começou o governo anterior sem o apoio da Câmara Municipal e conseguiu contornar durante a gestão. Agora será muito mais tranqüilo, com o apoio declarado de 11 dos 15 vereadores.

Sempre me dei bem com a Câmara. Tivemos um bom relacionamento, mas agora deve ser muito melhor.

No que o segundo mandato será melhor?

Tenho uma determinação mais forte. Inicio a administração já do meu jeito e com apoios muito importantes, que eu pretendo transformar em obras. Já começo com obras para inaugurar e com licitações em andamento. Além de tudo, já sei como está a prefeitura. Isso, em termos de velocidade, vai nos ajudar muito.

Que erros cometeu e não pretende repetir?

Divulguei pouco, ao longo do mandato, as nossas realizações. Faltou isso: manter a divulgação.

Qual a importância dos apoios que recebeu?

Para ganhar uma eleição são necessários vários fatores. Somando o que foi feito, com propostas de governo, credibilidade e mais nomes de peso, tudo foi importante para a vitória.

Se a eleição fosse uma semana antes, teria sido vitorioso?

O Sandro Alex (PPS) foi uma surpresa no primeiro turno e passou para o segundo numa onda positiva. Levou um tempo até que a onda se acalmasse.

Qual foi o momento da virada?

É difícil dizer, mas acho que foi no início da semana passada. Foi quando a comunidade percebeu que temos o melhor programa.

O que fez a diferença a seu favor na campanha?

O nosso trabalho e a credibilidade. Atribuo a todo o passado de serviços prestados.

O senhor ganhou disparado em algumas regiões, mas perdeu em outras. O que explicaria essa divisão?

Talvez sejam lugares com necessidades maiores. Reconheço que talvez não demos o atendimento que esperavam.

A campanha foi limpa?

Da nossa parte, com absoluta certeza. A minha campanha foi mostrar o que eu fiz e o que eu pretendia fazer. Faço a minha campanha e não me preocupo com outros candidatos. Mas fico chateado de me acusarem de coisas que não fiz. Acho que quem acusa precisa ter provas.

Pretende conversar com os adversários para discutir os rumos da cidade?

Pretendo manter contato e pedir que tragam recursos para Ponta Grossa.

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