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O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), e os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e do PMDB, Henrique Eduardo Alves, que são apontados como pré-candidatos a Presidência da Casa, se reuniram nesta quarta feira (17) e deram declarações afirmando que não haverá disputa entre os partidos pelo comando da casa. Nesta terça-feira (16), o PMDB anunciou a formação de um "blocão" e colocou o tema da disputa pela presidência da Câmara na pauta dos partidos.

Temer diz que a reunião teve o objetivo de mostrar união entre os partidos da base. "O que foi estabelecido na conversa que tivemos é que PT e PMDB estarão juntos em todas as discussões, seja na Câmara, seja no governo. O PT e todos os partidos da base estarão juntos. Não há divergência nenhuma". O vice-presidente eleito disse que falou por telefone também com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e que a conversa foi na mesma direção.

A declaração de união foi repetida pelos líderes que participaram da reunião. "O PT e o PMDB são partidos da base e estão juntos. Não haverá disputa entre PT e PMDB", disse Vaccarezza. "O compromisso do PMDB com o governo Dilma é maior ainda do que com o governo Lula porque desta vez estamos juntos desde a eleição. (...) Não haverá disputa, é uma questão de bom senso, maturidade e responsabilidade com a Casa", corroborou Alves.

Henrique negou que a intenção da formação do bloco seja "derrotar o PT". Segundo ele, o objetivo principal é evitar que partidos da base briguem por espaço no governo. "Chegou um momento que parecia que o PMDB queria ocupar o ministério do PR, ou do PP. Então fizemos este bloco para harmonizar a base e respeitar o espaço de cada um. Não é um bloco para derrotar o PT". O líder do PMDB diz que a intenção é aglutinar todos os partidos da base aliada, inclusive o PT. Sobre o PP, que se diz ainda fora do bloco, Alves pretende se reunir nesta tarde com o líder do partido, João Pizzolatti (PP-SC).

O líder do governo chamou o bloco comandado pelo PMDB de "protocolo de intenções". Ele disse que o PT ainda vai decidir como agirá em relação ao tema. "O PT não discutiu isso ainda Nós não discutimos ainda como vamos atuar nessa questão, se vamos fazer outro ou se vamos entrar nesse".

Temer também minimizou a formação do "blocão". Para ele, o mais importante é a confirmação de união entre PT e PMDB. "A questão do bloco tem pouca relevância, o importante é a afirmação que não há divergência e que estarão todos trabalhando juntos".

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