• Carregando...

Neneu Artigas (PDT) foi diplomado e empossado como prefeito do município de Itaperuçu, na região metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (11). Os atos ocorreram no Fórum Eleitoral de Rio Branco do Sul e na Câmara Municipal de Itaperuçu.

Artigas assumiu efetivamente o cargo nesta quinta-feira (12) após uma longa disputa judicial que ainda não foi concluída. Recursos que aguardam julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem invalidar novamente as eleições complementares.

Eleições suplementares

Artigas (PDT) foi considerado o novo mandatário do município por decisão da juíza Adriana Benini, da 156ª. Zona Eleitoral. Ele obteve 37,5% dos votos válidos (5.347) e ficou na primeira colocação. A eleição suplementar foi realizada em 3 de abril porque o prefeito eleito em 2008, José de Castro França, e o vice, Acir Pedroso de Moraes, foram cassados pela Justiça.

As candidaturas Artigas e do candidato Gerson Ceccon (PMDB) tinham sido cassadas e os votos que os dois receberam no pleito de abril foram considerados nulos. Segundo o TRE, pedetista e o peemedebista conseguiram suspender a cassação. A juíza determinou então que os votos fossem recontados. Com o novo resultado, Artigas teve 5.347 votos e Geccon teve 5.143, dos 13.727 votos válidos.

Mesmo com a cassação suspensa, existem recursos que aguardam julgamento do TSE. Caso Artigas e Ceccon tenham as candidaturas cassadas, haveria a necessidade de uma nova eleição no município porque é preciso que pelo menos 50% dos votos sejam válidos.

Se apenas a candidatura de Artigas for cassada, Ceccon assumiria a prefeitura, como já ocorreu anteriormente pelo fato de ele ser o presidente da Câmara de Vereadores.

Cassações

A candidatura de Artigas foi cassada por abuso de po­­­der político e econômico após denúncia da campanha adversária. Em uma reportagem publicada em um jornal da cidade, o então candidato garantiu que doaria seu salário de vereador para a compra de cestas básicas e a construção de moradias na cidade. A juíza eleitoral entendeu que se tratava de compra de votos.

Menos de 24 horas antes da votação, a mesma juíza impugnou a candidatura de Ceccon com base em uma reportagem do mesmo jornal, sob alegação de abuso do poder político. O candidato teria feito promoção eleitoral usando a máquina da prefeitura, onde atuava como prefeito interino.

Ambos entraram com recurso na Justiça Eleitoral e conseguiram a suspensão temporária da cassação. Assim, puderem concorrer na eleição. Entretanto, as urnas eletrônicas já estavam programadas para computar como nulos os votos aos dois candidatos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]