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Dois observadores internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA) vão acompanhar a partir desta terça-feira (10) os testes de segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2010. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 38 hackers devem tentar fraudar as urnas entre esta terça e sexta-feira (13).

Além dos representantes da OEA, também acompanharão os testes especialistas da Federação Nacional das Empresas de Informática, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Polícia Civil do Distrito Federal.

Os especialistas terão acesso às cinco ilhas que serão utilizadas pelos hackers – chamados pelo TSE de "investigadores" – e também ao trabalho da Comissão Disciplinadora dos Testes do TSE, responsável pela preparação de relatórios após as ações.

Os hackers inscritos terão o objetivo de fraudar as urnas eletrônicas, seja alterando o destino do voto digitado, quebrando o sigilo do voto ou de qualquer outra maneira que possa contribuir para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral brasileiro.

Todas as 26 fichas de inscrição foram aceitas, sendo que há times compostos por até sete "investigadores" e outros com apenas um hacker. No total, há dez planos de testes. Entre os inscritos para tentar burlar as urnas, há especialistas em ciência da computação, segurança da informação, engenharia eletrônica e de redes e tecnologia da informação. Alguns dos profissionais trabalham em órgãos como a Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU).

Há também membros de entidades especializadas em segurança da informação, como a Information System Security Association (ISSA) e a Cáritas Informática, empresa privada de auditoria que já representou o Partido dos Trabalhadores (PT) na análise de softwares de urnas eletrônicas antes da lacração dos programas instalados nas urnas em eleições recentes.

Propostas

De acordo com o TSE, um dos inscritos propôs que a utilização de ondas eletromagnéticas pode identificar as teclas apertadas pelo eleitor e quebrar o sigilo do voto.

Outra proposta trata da utilização de um "software malicioso" no cartão de memória flash da urna, para desviar os votos digitados. Depois de operar, o programa se destruiria para não deixar vestígios. "Tais tentativas colocarão à prova os diversos mecanismos de segurança da votação eletrônica", disse o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.

Os hackers que apresentarem as três melhores ideias para o aprimoramento do sistema eleitoral receberão prêmios de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil.

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