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Aeroporto Afonso Pena

A operação-padrão não chegou a acontecer no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, nesta véspera de feriado. A informação é da assessoria de imprensa da Infraero. Mesmo assim, conforme a própria assessoria, os passageiros enfrentam movimento considerado acima do normal na fila do raio X. Por das 11h30, o movimento de pessoas no saguão era considerado dentro da média.

A operação-padrão anunciada por funcionários da Infraero, em São Paulo, provoca longas filas na manhã desta quinta-feira - véspera do feriado prolongado - no acesso às salas de embarque do Aeroporto Internacional, em Guarulhos. Na noite desta quarta-feira, alguns vôos atrasaram por causa da demora na inspeção das bagagens nos aparelhos de raio X. O movimento, que foi anunciado à Infraero para cumprir a lei de greve, que exige aviso com 72 horas de antecedência, pode se estender a partir desta quinta-feira a outros aeroportos do país, como o Internacional Tom Jobim, no Rio.

A operação-padrão vai até meia-noite da próxima terça-feira, quando os funcionários entrariam em greve por tempo indeterminado. Segundo o procurador regional do Trabalho, Fábio Fernandes, vários serviços podem ser prejudicados.

- A operação padrão envolve o controle de passageiros, o controle de vôo, segurança interna, pátio de manobras e controle de acesso às áreas alfandegárias, entre outros serviços - disse Fernandes.

De acordo com o procurador, os funcionários querem que a Infraero cumpra um acordo fechado em julho que prevê novos padrões de promoções aos trabalhadores. A empresa teria informado em Brasília, na terça-feira, que não cumpriria o acordo coletivo.

Francisco Lemos, um dos diretores do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, disse que a Infraero voltou atrás e decidiu dar aos trabalhadores os dois padrões de promoção previstos em um acordo fechado em julho, que é o reajuste de 6,5%, mas disse que há outro problema: a Infraero ameaçou cortar um vale-alimentação de Natal (20 tíquetes de R$ 22). Por isso, ele garante que a operação-padrão vai até terça-feira, como acertado nas assembléias.

Lemos disse que os funcionários da Infraero deixaram de fazer hora extra em Cumbica, Guarulhos. O diretor diz que a operação deve ficar prejudicada neste feriado, já que o aeroporto já está operando de forma precária.

Francisco Lemos negou que o movimento de greve tenha ligação com a demissão de Zuanazzi da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

- Não há relação nenhuma com essa saída. A nossa luta é salarial - argumentou.Infraero sugere evitar embarcar em horários de pico

Independentemente da operação-padrão, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, fez um apelo nesta quarta-feira para que os passageiros evitem escolher vôos em horários que costumam ficar mais congestionados até o carnaval de 2008. Ele disse que uma decisão dos passageiros pode reduzir as filas nos aeroportos e os transtornos provocados pelos constantes atrasos em pousos e decolagens. Segundo Gaudenzi, o pedido foi motivado pelos problemas registrados no fim de semana do GP Brasil de Fórmula-1, em São Paulo, há quase 15 dias:

- Como nós falhamos na última vez porque não fizemos um comunicado antecipado, estamos tomando essa providência para que os problemas não se repitam. O que estamos pedindo é que os passageiros tenham atenção. Quem puder viajar quinta (hoje) e voltar na segunda, deve fazer essa opção.

Apesar de ter decidido se pronunciar a apenas dois dias do feriado de Finados, o presidente da Infraero disse acreditar que o pedido produza efeitos positivos já neste fim de semana. Ele citou o próprio exemplo para dizer que muitos passageiros ainda não teriam reservado suas passagens.

- Eu não comprei ainda, vou comprar amanhã - disse Gaudenzi, que pretende viajar a Buenos Aires, para um seminário sobre aviação.

O presidente da Infraero pediu ainda que os passageiros cheguem com antecedência aos aeroportos, e disse o período que vai desta semana até o carnaval será de grande movimentação nos saguões e balcões de companhias. No entanto, ele disse que a situação será mais tranqüila em relação ao ano passado.

Zuanazzi deixa a presidência da Anac e critica Jobim

Após meses de pressão, Milton Zuanazzi entregou sua carta de exoneração na tarde desta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes disso, em mais de duas horas de entrevista coletiva, disse que está saindo porque tem divergências com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a quem acusou de não entender de aviação. Ele classificou de temerárias as ações de Jobim frente ao ministério e afirmou que o resultado de propostas como a de mais espaço entre poltronas dos aviões será o aumento de preços nas passagens.

Jobim foi contido ao comentar a saída de Zuanazzi, seu notório desafeto. Segundo ele, houve uma discordância de metodologia de trabalho. O ministro enfatizou que, para o Ministério da Defesa, a segurança é o ponto principal da agenda do setor aéreo, ao lado de regularidade e pontualidade dos vôos.

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