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Delcídio: Dilma não volta para a Presidência. | Beto Barata/Agência Senado
Delcídio: Dilma não volta para a Presidência.| Foto: Beto Barata/Agência Senado

O senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) afirmou, na noite da segunda-feira (16), torcer para que o governo Michel Temer (PMDB) dê certo, mas que os primeiros passos da gestão preocupam. Segundo Delcídio, Temer indicou “alguns ministros fraquinhos”, citando como exemplo o titular de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. Além disso, o ex-senador apontou como problema o fato de Temer não ter base social.

“Acho que o presidente Temer tem um grande desafio pela frente. Nomeou [Henrique] Meirelles [para a Fazenda], um nome importante, [José] Serra [Relações Exteriores], que é um nome relevante... [Serra] faz ‘nhem nhem nhem’, mas é qualificado”, afirmou Delcídio. “Mas fomos de 8 para 80. Antes tinha político de menos e agora temos um governo com político demais. Alguns ministros são bem fraquinhos, o de Minas e Energia por exemplo, e estou falando porque sou da área. Tem que colocar gente que conheça”, criticou o senador cassado, o participar do programa Roda Viva, da TV Cultura.

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“Os primeiros passos preocupam muito, o governo Temer não tem base social nenhuma, não é fácil governar assim um país complexo como o Brasil. Temer vai precisar ter muita coragem para adotar as medidas duríssimas na economia.”

‘Aposentadoria’

Com sua experiência no Senado, Delcídio descartou a possibilidade de Dilma Rousseff conseguir sobreviver ao processo de impeachment e retornar à Presidência da República. “A presidente Dilma não volta mais. Só esses 55 votos no Senado [para abertura do processo] já são um indicativo. Conheço aquela Casa, a tendência é esse placar se alargar [contra Dilma]”, afirmou – para garantir o afastamento definitivo de Dilma, o processo de impeachment tem de contar com 54 votos pela condenação. “Ela já não tinha mais condição política nenhuma de governar País. A presidente Dilma vai para a aposentadoria.”

Entre os erros políticos da presidente afastada, Delcídio destacou que a petista não ouviu os conselhos de seu padrinho político, o ex-presidente Lula, e preferiu se orientar por pessoas como Aloizio Mercadante – que ocupou os ministérios da Casa Civil e da Educação.“Ela era aconselhada pelo Mercadante no sentido de ‘deixe essa coisa [a Lava Jato] andar, pode até chegar no Lula, mas você vai sair forte desse processo. Um pensamento tosco que ela ia se fortalecer e os outros entrar pelo cano.”

Em relação a Lula, Delcídio avaliou que a situação política do ex-presidente é “crítica” e que vai ser difícil ele voltar a ter força eleitoral. “Ele sai muito desgastado, acho muito difícil sair uma candidatura competitiva disso.” Sobre o PT, classificou como “partido forte, orgânico, mas que perdeu muito do seu brilho”. Para ele, a legenda precisa passar por uma revisão dos seus quadros, tirando da presidência Rui Falcão - a quem chamou de “figura bizarra” - e valorizando as lideranças “lúcidas” e “competentes”.

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