A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) rebateu nesta sexta-feira (13) cartilha divulgada pelo Partido dos Trabalhadores e classificou de “argumento delirante” a tese de que a atuação do Ministério Público na Lava Jato tem o objetivo de perseguir o partido.

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A entidade sustenta que não tem “qualquer fundamento” a acusação de que “o MPF e também a Justiça desrespeitam princípios intrínsecos às carreiras e às instituições das magistraturas, quais sejam a imparcialidade e a impessoalidade”.

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Na cartilha, divulgada a pedido do ex-presidente Lula, o PT ataca o juiz Sergio Moro e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, além de condenar, nominalmente, procuradores e delegados envolvidos na Operação Lava Jato.

De acordo com a ANPR, as acusações vazias são repetidas pela legenda desde o escândalo do mensalão. A entidade defende as investigações de esquema de corrupção da Petrobras. “Pressupor que uma operação com as dimensões da Lava Jato (com 941 procedimentos instaurados, 75 condenados, R$ 1,8 bilhão recuperado e 85 pedidos de assistência jurídica internacional) está atrelada a interesses particulares ou político-partidários demonstra a falta de fundamento das críticas encontradas na cartilha”, diz a nota da ANPR.

“É de amplo conhecimento, ainda, que a investigação do envolvimento de agentes políticos de diversos partidos tem amplitude que vai muito além do Partido dos Trabalhadores”, completou.

Segundo o texto, “causa perplexidade que um partido político, orgulhoso de ter promovido ações de combate à impunidade, manifeste-se com afirmações sabidamente falsas contra o trabalho independente, técnico e imparcial de instituições democráticas”.

“Cidadãos, partidos políticos e empresas envolvidos em investigações devem prestar informações de seus atos à população e esclarecer as suas condutas. Não há ninguém acima da Lei, este é o corolário de qualquer República”, apontam os procuradores.

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