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Peritos que acompanham as investigações sobre a morte do coronel Ubiratan Guimarães, no último dia 9 de setembro, acreditam que o crime foi praticado por uma mulher. Ausência de luta corporal e de arrombamento do apartamento, copos com batida de caju e uma toalha envolvendo o corpo nu do oficial indicam, segundo a polícia, que ele estava à vontade no momento em que foi atingido.

A polícia também aumenta sua convicção que ele foi morto com uma de suas armas, um revólver calibre 38 que permanece desaparecido. "Dificilmente um homem entraria ali para matar o coronel tendo de procurar uma arma da própria vítima no apartamento", diz um perito.

A namorada do coronel, Carla Cepollina, foi a última pessoa a ser vista saindo do apartamento dele. O rastreamento de ligações telefônicas mostra que Carla e sua mãe, Liliana Prinzivalli, na noite da morte do coronel, se falaram três vezes por telefone entre 19h30m e 20h30m.

O Instituto Médico Legal (IML) indicou que o coronel foi morto por volta das 19h30m. Em seu depoimento, Carla afirmou à polícia que deixou o apartamento dele por volta das 20h15m. Uma das ligações foi feita de dentro do apartamento dele ou de local próximo.

A advogada Liliana Prinzivall confirmou que falou com a filha após às 19h no dia do assassinato. Das 14 linhas que estão sendo investigadas e cujas ligações serão cruzadas, cinco são da mãe de Carla.

- Na primeira vez, Carla me ligou e perguntou se os parentes, que costumam me visitar sábado e domingo, já tinham ido embora.

Na segunda ligação, 15 minutos depois, Liliana diz ter ligado para a filha. "Eu disse para ela vir logo para casa", afirmou a advogada.

Na última ligação, que aconteceu meia hora depois, segundo a mãe, Carla já teria saído do apartamento do coronel. Segundo Carla contou à polícia, Ubiratan estava vivo quando ela saiu de sua residência. "Ela me ligou e disse que estava na rua. Perguntou se eu queria que ela alugasse algum filme", diz a mãe.

A polícia deve marcar um novo depoimento de Carla Cepollina. Um laudo elaborado pelo IML e divulgado nesta quinta-feira mostra que o tiro que matou o coronel Ubiratan Guimarães atingiu dois pontos vitais de seu corpo: uma veia e o fígado. Ele teve uma hemorragia, que provocou um infarto, adiantando sua morte na noite do dia 9 de setembro.

Segundo o laudo, o tiro foi disparado de cima para baixo e perfurou a veia ilíaca, que leva sangue ao coração, e o fígado. A morte aconteceu em poucos minutos.

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) analisam 18 objetos recolhidos do apartamento do coronel e da casa de Carla Cepollina. Os exames devem ser concluídos em poucos dias.

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