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| Foto: Shana Reis/GERJ

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), defendeu na manhã desta quinta-feira (9) em entrevista à Rádio Estadão, sua gestão e as contas de sua campanha e de seu vice, Francisco Dornelles (PP). Pezão afirmou que irá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) que cassou seus mandatos por abuso de poder econômico e político, em razão de irregularidades na prestação de contas de campanha.

Para a rádio CBN, Pezão afirmou que a decisão não fragiliza o seu governo e se diz confiante no recurso, lembrando que a decisão do TRE foi tomada após votos de apenas cinco desembargadores. “Ainda cabem muitos recursos. Não votaram todos os sete membros do TRE. Nós vamos ainda lutar muito. Esse é o trabalho da oposição: entraram com mais de 20 ações [contra o governo]. Já ganhei 15. Tenho muita tranquilidade com esse processo. Tive as contas aprovadas e vamos na hora certa comprovar. Se não for aqui, vai ser em Brasília no Tribunal Superior Eleitoral”, afirmou o governador do Rio em entrevista ao Jornal da CBN.

O governo do Rio tem uma audiência de conciliação com a União na próxima segunda-feira (13). Representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se manifestaram contra o pedido de liminar feito pelo Palácio Guanabara para adiantar os termos do acordo de ajuda firmado entre os governadores, também estarão presentes.

O governador disse que nunca teve problemas com a Justiça e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos. Também afirmou que cumpriu a lei na campanha eleitoral, pois ela permitia a doação de empresas. “Tudo foi devidamente declarado na minha campanha”, reiterou.

Crise como a do Rio de Janeiro afeta outros estados

O peemedebista disse que a grave crise financeira que atinge o Rio de Janeiro é a mesma que afeta outras unidades da Federação. “Tenho falado com os 27 governadores, alguns foram salvos pela lei de repatriação, se não fosse a repatriação, muitos não teriam se salvado”, afirmou, destacando que está “lutando muito” e depende da ajuda do governo federal. De acordo com o governador, o Estado perdeu 1/3 de sua arrecadação com a crise da Petrobras.

A respeito da ameaça de greve da polícia do Rio, a exemplo do que ocorre no Espírito Santo, Pezão afirmou que concedeu aumento à categoria em 2014 e que foi paga uma das seis parcelas do aumento na quarta-feira (8). “Há diversos Estados parcelando salário dos servidores, nós estamos pagando primeiro as áreas de segurança pública e educação”, explicou.

Pezão disse também à Rádio Estadão que o Tribunal de Contas do Estado aprovou os editais de obras realizadas por sua gestão e que a própria Polícia Federal realizou investigações que foram posteriormente arquivadas.

Ao falar sobre a crise que atinge o Maracanã, Pezão destacou que as obras do estádio foram concessionadas e ele não pode simplesmente “tirar a empresa na canetada” porque isso iria provocar uma crise jurídica e de confiança.

Operação Calicute

Indagado sobre sua relação com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso e indiciado por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa em desdobramento da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, o governador do Rio disse que apesar de serem muito amigos, nunca participou da vida pessoal do correligionário. “Não sou eu quem vai julgar Cabral”, disse, reiterando que essa é uma função da Justiça.

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