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A Polícia Federal (PF) confirmou nesta sexta-feira o indiciamento do ex-ministro da Saúde e candidato ao governo de Pernambuco pelo PT, Humberto Costa, e do ex-tesoureiro nacional do partido, Delúbio Soares, por suposto envolvimento em irregularidades apuradas na chamada Operação Vampiro, deflagrada em maio de 2004. Além deles, outras 40 pessoas foram incriminadas por envolvimento em desvios de verbas destinadas a compra de medicamentos para tratamento de hemofílicos. Os acusados deverão responder por crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, e fraudes em licitações, entre outros.

A PF confirmou o indiciamento após Costa tê-lo anunciado em entrevista a jornalistas concedida na tarde desta sexta-feira, em Pernambuco. Gilvandro Filho, assessor do ex-ministro e candidato, informou que o indiciamento data do dia 28 de julho e, ao saber que alguns meios de comunicação revelariam o processo contra ele neste fim de semana, decidiu se antecipar.

- O ex-ministro já autorizou as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico dele e de toda a sua família - disse.

De acordo com ele, Costa "exigiu uma devassa" na vida dele já que "não há nenhuma prova jurídica" que o incrimine nesse caso:

- Seria insano denunciar algo no qual ele próprio estaria envolvido - acrescentou o assessor, referindo-se ao pedido de investigação feito à PF pelo próprio Humberto Costa, quando ministro da Saúde.

Durante a Operação Vampiro, 14 pessoas envolvidas em fraudes que podem chegar a R$ 2 bilhões foram presas. Entre elas, o então coordenador-geral de Logística do ministério, Luiz Cláudio Gomes da Silva, considerado um dos principais auxiliares do ex-ministro.

A assessoria de Costa atribuiu seu envolvimento nos crimes a movimentações políticas que teriam o objetivo de prejudicar sua campanha em Pernambuco e a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição.

De acordo com a PF, o inquérito foi encaminhado à Justiça no dia 2 e se encontra em fase de análise no Ministério Público Federal, que poderá oferecer denúncia contra os 42 envolvidos.

A investigação, batizada de Operação Vampiro 2, foi feita com base no cruzamento de depoimentos, documentos e outras informações reunidas na primeira fase da apuração.

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