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Acusado de utilizar eleitoralmente o evento com os prefeitos em Brasília nesta semana, o governo federal designou um técnico para responder às denúncias da oposição. O subchefe-adjunto da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Olavo Noleto, chamou ontem de "ridícula" a interpretação da oposição de que houve objetivos eleitoreiros, mas admitiu ser "legítimo" o questionamento.

"É legítimo que o mundo político repercuta isso. O mundo político pode reagir e questionar", disse Noleto. "Mas não fizemos 38 mesas (de discussões e exposições) para virar briga entre oposição e governo", afirmou. "Dizer que isso é eleitoral chega a ser ridículo."

Pelos dados de Noleto, 15,1 mil pessoas participaram do evento, dos quais 5,3 mil prefeitos e prefeitas.

Noleto disse ainda que o governo trabalhou durante um ano e meio em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) e até com representantes do DEM na realização do encontro. O assessor afirmou que o Planalto mobilizou uma série de autoridades municipais e estaduais de todos os partidos para elaborar as cartilhas e programas apresentados durante o evento para ajudar prefeitos a melhorar a administração municipal.

Ele ainda informou que o governo federal gastou R$ 183 mil na realização do evento e não R$ 253 mil – como havia sido informado inicialmente pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio.

Apesar das explicações "técnicas", parte dos prefeitos que participou do encontro achou o evento pouco produtivo. O prefeito Miguel Tadeu Sokulski, de Porto Amazonas, no Sul do Paraná, emitiu nota ontem informando que o encontro serviu apenas para os administradores municipais "receberem papéis e informativos dos órgãos federais, mas o que mais interessava a todos ficou de lado, ou seja, a liberação de recursos". "Não precisávamos ir a Brasília para isso", afirmou Sokulski.

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