O vice-presidente, Michel Temer, foi o articulador das indicações do PMDB no próximo governo Dilma Rousseff| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Procurador-geral da República nega fornecer nomes de citados em delações premiadas ao governo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou o pedido do governo para que revelasse os nomes de políticos citados nos depoimentos de delação premiada da operação Lava Jato, que investiga um suposto esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. A informação foi dada nesta terça-feira pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

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A presidente Dilma Rousseff destinará seis pastas para o PMDB na montagem do ministério de seu segundo governo. O partido receberá Minas e Energia, com o senador Eduardo Braga (AM); Turismo, com o deputado Edinho Araújo (SP); Agricultura, com a senadora Kátia Abreu (TO); Secretaria de Aviação Civil, com o deputado Eliseu Padilha (RS); Pesca, com o deputado Hélder Barbalho (PA); e receberá também o controle da Secretaria de Portos. O titular da pasta ainda está sendo definido.

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Como recebeu Pesca, que estava com o PRB, e Portos, que estava ligado ao clã dos Gomes, do PROS, o PMDB abrirá mão do Ministério da Previdência Social. A expectativa era que a pasta fosse destinada ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que ficará sem mandato. Mas o próprio PMDB não fazia questão de manter o controle desse ministério, que considerava de baixa visibilidade política.

Com a nova divisão feita por Dilma, o PMDB passa a controlar parte expressiva da infraestrutura do governo, já que comandará Minas e Energia, Aviação Civil e Portos simultaneamente. A negociação política entre Dilma e o vice-presidente Michel Temer, que preside nacionalmente o PMDB, avançou bastante nas últimas horas. A confirmação do anúncio, porém, poderá esperar para ser feita em bloco na próxima semana pela presidente.