Em meio às articulações do Palácio do Planalto em favor do senador José Sarney (PMDB-AP), o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), saiu em defesa nesta quarta-feira da candidatura de Tião Viana (PT-AC) à presidência do Senado, ressaltando que a eleição do petista não é pré-condição para o apoio a Michel Temer (PMDB-SP) na Câmara, mas é "questão de bom senso".
Berzoini disse que o nome do petista é importante para garantir o equilíbrio de forças da base governista no Congresso. Ele lembrou que, na Câmara, o PT já fechou questão em torno da candidatura de Temer, mantendo o acordo entre os dois partidos firmado em 2007.
"É mais do que razoável, portanto, que haja a contrapartida do apoio peemedebista a Tião Viana no Senado. Não se trata de pré-condição, mas de uma questão de bom senso", disse o deputad, em entrevista ao site oficial do PT.
Berzoini destacou ainda a capacidade de Tião Viana para ocupar o posto, já demonstrada quando exerceu o cargo interinamente em 2007, quando o então presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu licença para se defender de acusações de corrupção.
"Já naquela ocasião ficou claro que ele tem todas as condições de tratar a Presidência do Senado como uma questão institucional e não partidária. Por isso, agora, tem o apoio de vários senadores da base e até da oposição", afirmou o deputado.
De acordo com o Blog do Noblat, Sarney tentará adiar mais uma vez, nesta quarta-feira, a reunião que teria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a sucessão no Senado. O ex-presidente diz que continua fortemente gripado.
Garibaldi e Tião Viana firmam pacto
Na terça-feira, Tião Viana e o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), candidato à reeleição, firmaram um pacto para tentar manter até o fim suas campanhas.
Em dois encontros durante o dia eles reafirmaram suas candidaturas com o propósito claro de constranger o senador José Sarney e o Palácio do Planalto, que defende o nome do ex-presidente.
Também na terça, durante a reunião de coordenação política, o presidente Lula afirmou que dedicará as próximas semanas a buscar um consenso para as presidências das duas Casas e se encontrará com Sarney.
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