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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, disse nesta sexta-feira (17) que a polêmica sobre o formato do julgamento do mensalão está resolvida. A análise ocorrerá de forma "fatiada", conforme propôs o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa.

"Vai ser fatiada, de acordo com a metodologia adotada pelo ministro Joaquim Barbosa, conforme o recebimento de denúncia. Será usado o mesmo método, em capítulos", disse Ayres Britto, ao chegar em cerimônia de posse de novos procuradores na AGU (Advocacia Geral da União).

O método já está definido, mas a ordem desses capítulos ainda não é sabida. Na quinta-feira, Barbosa iniciou seu voto analisando as acusações contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que era o presidente da Câmara dos Deputados, quando o esquema do mensalão foi revelado pela Folha de S.Paulo.

O relator votou pela condenação de Cunha e do publicitário Marcos Valério e seus então sócios, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, relativamente aos atos imputados a eles no episódio de repasse de dinheiro da SMPB ao então presidente da Câmara.

Na próxima segunda-feira o julgamento será retomado com o voto do revisor, Ricardo Lewandowski, também relacionado a este ponto específico. Depois, serão colhidos os votos dos demais ministros. Resolvida a questão de João Paulo Cunha, a palavra volta ao relator para tratar de outro assunto e assim até resolver todos os itens da denúncia.

Ainda não se sabe qual será o segundo ponto. A formatação mantém a dúvida sobre a participação de Cezar Peluso no julgamento. Ele deverá se aposentar até o dia 3 de setembro, quando completa 70 anos, e a expectativa é que o tribunal não julgue tudo até essa data.

Nesta sexta, Britto foi questionado sobre o assunto e respondeu: "Não se sabe [se Peluso vai participar]. Vai depender do andar da carruagem".

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