Detentos de três penitenciárias do interior de São Paulo iniciaram quase simultaneamente rebeliões nesta sexta-feira, às 13h. Estão rebelados os presos dos presídios de Araraquara, Itirapina e Mirandópolis. Diversas viaturas da polícia foram enviadas aos estabelecimentos penais. Os policiais tentaram dispersar os rebelados com gás de pimenta, mas isso não foi possível. A secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que não sabe quais são as reivindicações dos detentos. Há informações de que pelo menos 15 agentes penitenciários foram feitos reféns.

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Todos os presídios onde as rebeliões acontecem estão com presos acima de sua capacidade. Esta é a primeira vez que há motins simultâneos desde que facções criminosas organizaram tumultos em penitenciárias de São Paulo, em maio. Também é a primeira onda de rebeliões desde que o secretário Nagashi Furukawa foi substituído por Antônio Ferreira Pinto.

Na penitenciária de Araraquara, a 293 quilômetros de São Paulo, os presos estão fora das celas e o tumulto é grande. Há três funcionários como reféns. O diretor da penitenciária, Roberto Medina, confirmou, às 15h, que a situação no local está complicada. Há 1.543 detentos, mas a capacidade do presídio é de 750 pessoas.

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Também na penitenciária 2 de Itirapina, a 232 quilômetros da capital, há confusão. Moradores vizinhos estão assustados e disseram ter ouvido tiros . O diretor da penitenciária disse por telefone que não estava na unidade, mas que tinha "alguma coisa acontecendo", pois tinha sido chamado. A capacidade máxima em Itirapina é de 852 detentos, mas há 1.363 presos. Há notícias de que nove agentes estão em poder dos detentos.

Em Mirandópolis, a 593 quilômetros de São Paulo, há 1.203 detentos, enquanto a capacidade do presídio é de 804 presos. Há três funcionários como reféns.