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O promotor eleitoral Miguel Sogaiar, responsável pela ação que cassou o registro da candidatura de Antonio Belinati (PP), disse na terça-feira (28) acreditar que uma nova eleição deveria ser convocada em Londrina, começando do zero, desde o primeiro turno. "Porque o candidato [Belinati] estava inelegível e tivemos uma eleição com um candidato inelegível", defendeu.

Ele ressaltou, porém, que essa era uma posição inicial e que nesta quarta-feira pretende consultar o Centro de Apoio das Promotorias Eleitorais para discutir o assunto com maior profundidade. Ele não descarta, por exemplo, a convocação de um novo segundo turno entre o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) e o terceiro colocado na eleição – o também deputado federal Barbosa Neto (PDT). Outra opção seria declarar o segundo colocado vencedor das eleições. "Mas vamos aguardar amanhã [hoje] para ouvir o Centro de Apoio, que poderá dar um posicionamento diverso", ponderou.

Sogaiar disse também que a decisão do TSE não o surpreendeu, já que ação de impugnação de Belinati foi corretamente fundamentada e atende ao que prevê o processo eleitoral. "Os fundamentos foram todos colocados, e depois ratificados pelo Tribunal Regional Eleitoral e compreendidos pelo TSE. Então, tivemos uma decisão acertada, dentro das regras."Mesmo assim, ele disse concordar que teria sido melhor para o processo eleitoral se essa decisão tivesse ocorrido antes do primeiro turno. Mas destacou que a impugnação nesta fase do processo é perfeitamente cabível. "Veja, antes da diplomação. Muito antes da diplomação, que seria no dia 17 de dezembro; apenas dois dias depois do segundo turno. E o TSE tinha sinalizado que julgaria os casos pendentes antes da diplomação."

O promotor também fez questão de frisar que é obrigação do Ministério Público questionar uma candidatura com elementos de inelegibilidade e que "foi cumprido o que diz a lei". Sobre eventual crítica de que a eleição em Londrina poderia ser decidida "no tapetão", como o próprio Belinati afirmou antes do julgamento, Sogaiar foi enfático: "Não existe tapetão. Está completamente equivocado quem fala que existe tapetão. Existe processo judicial e estamos no Estado de Direito, não se pode confundir. E as instituições estão em vigor. A minha função de promotor tem de ser exercida."Ele completou: "É um exercício da função eleitoral. Até respondendo [a crítica do tapetão]: se fosse outro o candidato seria feito da mesma forma. Tanto que nós apresentamos ações de impugnação contra 17 candidatos."

A assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que o presidente do órgão, desembargador Jesus Sarrão, está em Brasília e nesta quarta-feira pela manhã tentaria obter mais informações sobre a situação da cidade.

De acordo com a assessoria, o próprio TSE, ao publicar nos próximos dias sua decisão, pode indicar como ficará a sucessão municipal. Existe a possibilidade de Sarrão convocar uma entrevista coletiva amanhã, quando voltar a Curitiba.

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