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Rui Falcão, presidente do PT: sem acordo fechado com o PMDB | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Rui Falcão, presidente do PT: sem acordo fechado com o PMDB| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

O presidente do PT, Rui Falcão (SP), negou ontem que seu partido tenha decidido manter o apoio à família Sarney no lugar de chancelar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) ao governo do Maranhão. A declaração do petista foi dada depois de o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), anunciar que o PT decidiu manter sua aliança com os Sarney no estado. Ambos participaram no sábado de uma reunião na Granja do Torto entre as duas cúpulas com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

"O assunto foi discutido com bastante ênfase. Tem uma ala do PT que apoia a ideia de continuar com o Sarney, mas há também um pedido do Flávio Dino que nós o apoiemos. Isso não está decidido. Não houve nenhum acordo, nem que vamos apoiar os Sarney, nem o Flávio Dino", afirmou Falcão.

No sábado, ao deixar a residência de campo da Presidência da República, Raupp havia comunicado aos jornalistas que cobriam o evento do lado de fora sobre o fechamento do acordo eleitoral no Maranhão. Segundo o dirigente, esse fora o único entendimento eleitoral entre PT e PMDB na reunião. "Avançou bastante. Teremos de sentar outras vezes, mas nesse caso do Maranhão a questão já foi resolvida. A ala que apoia o candidato da governadora Roseana, do PMDB, ganhou a convenção... A ala do PT, logo, deverá apoiar o candidato a governador da governadora Roseana Sarney, do PMDB", disse Raupp.

No Maranhão, uma ala do PT rejeita a ideia de apoiar um candidato da família Sarney para apoiar Flávio Dino, enquanto outro grupo defende a manutenção da aliança atual. O apoio a Dino é um dos poucos apelos feito pelo PCdoB ao PT na corrida eleitoral de 2014. O senador José Sarney (PMDB-AP) participou da reunião, mas não deu entrevistas. O nome do PMDB ainda será lançado à sucessão no estado por Roseana Sarney, atual governadora.

Rui Falcão também negou acerto da cúpula dos dois partidos para que o PT permaneça na base aliada do governador do Rio, Sérgio Cabral. "Também não está decidido que vamos ficar até março no governo Cabral. Quando o PT vai sair do governo é uma decisão de lá [PT do Rio]."

Rio, Maranhão e Minas são as principais divergências até agora entre PT e PMDB. O descompasso demonstra que o Planalto terá que intensificar as negociações para garantir palanques fortes para a reeleição da petista.

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