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Indicados de Renan são investigados por desvios na Funasa

Reportagem da revista "Época" publicada neste fim de semana revela um suposto esquema de fraudes e superfaturamento de projetos na Funasa, órgão ligado ao Ministério da Saúde, que envolveria o nome do presidente do Senado, Renan Calheiros.

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresenta nesta terça-feira (11) aos oitenta senadores um documento para tentar preservar seu mandato. O memorando foi finalizado durante a madrugada. Neste processo, ele é acusado de ter despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empresa Mendes Júnior.

"A esta altura, só resta uma defesa política. É isso que será feito", informou um importante aliado de Renan.

Está marcada para 11h desta quarta-feira (12) a sessão secreta em que será votado o pedido de cassação do mandato de Renan Calheiros por quebra de decoro parlamentar.

Renan Calheiros aparentava, ao longo da tarde de segunda-feira (10), tranqüilidade. Ele sequer foi ao Congresso para despachar, preferindo permanecer na residência oficial da presidência do Senado.

Voto perdido

Na tarde desta terça-feira, Renan Calheiros deve perder mais um voto. O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) deve comunicar no microfone, durante a sessão no plenário do Senado, os motivos pelos quais acompanhará os relatores do processo no Conselho de Ética, Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), que concluíram pela quebra de decoro parlamentar. A decisão de Garibaldi Alves já foi revelada ao senador José Sarney (PMDB-AP), um fiel aliado de Renan.

Opositores e aliados do presidente do Senado ainda avaliam que o resultado da votação do processo de cassação é incerto. No entanto, é pensamento da maioria da Casa que, uma vez absolvido, Renan Calheiros não terá mais condições políticas de permanecer na presidência do Senado.

"Absolvendo Renan, ninguém vai obedecer sua liderança", afirmou o senador Jefferson Péres (PDT-AM).

Sessão secreta

Parlamentares favoráveis à cassação do mandato de Renan atuarão em duas frentes ao longo do dia para garantir que a sessão que decidirá seu futuro político seja aberta. O senador Delcídio Amaral (PT-MS) continuará articulando-se junto às lideranças partidárias para que seja aprovado com urgência um Projeto de Resolução extingüindo essa modalidade de trabalho.

"Não é fácil, mas se não valer para quarta, será para as próximas", admitiu o petista.

Em outra frente, deputados do PPS, PDT e PV apresentarão requerimento ao vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), para que tenham acesso à sessão. Caso não sejam bem sucedidos, decidirão no início na tarde se ingressam com um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal solicitando a abertura dos trabalhos. A reunião do grupo está marcada para 13h na liderança do PPS na Câmara.

No Senado, as bancadas do PT e do PSDB reunem-se separadamente no início desta tarde. Cada bancada discutirá a crise e a direção dos votos na votação do processo de cassação do mandato de Renan Calheiros.

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