Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Caso von Richthofen

Se estiver em liberdade, Suzane não será julgada no dia 17, diz advogado

Se o Superior Tribunal de Justiça (STJ) conceder o benefício da liberdade provisória a Suzane von Richthofen nesta terça-feira, o advogado da jovem, Mauro Otávio Nacif, garante que ela não será julgada no próximo dia 17 de julho. Ele afirma que os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos terão de ser julgados primeiro. Os três são réus confessos do assassinato dos pais dela, Manfred e Marísia Von Richthofen, em outubro de 2002.

- O artigo 431 do Código Penal determina que os réus presos têm de ser julgados primeiro - afirma Nacif, acrescentando que nem precisará pedir o desmembramento do júri, recurso possível quando os réus se acusam mutuamente. Neste caso, Suzane acusa os irmãos de serem autores intelectuais do crime. Os dois afirmam que a idéia foi da filha das vítimas.

Nacif afirma ainda que se os três estiverem presos, o desmembramento certamente será pedido.

- Daí, o promotor decidirá quem será julgado primeiro - afirma Nacif.

De acordo com ele, a defesa ainda não decidiu se vai pedir a transferência do júri para alguma cidade do interior do estado.

- Gostaríamos que o júri ocorresse em São José do Rio Preto ou em Ribeirão Preto (pela ordem, a 450 quilômetros e a 330 quilômetros da capital paulista) - diz Nacif.

Para o advogado, nestas cidades, a pressão da mídia será menor.

- As sedes das empresas de comunicação estão em São Paulo e será preciso uma operação de logística para levar as equipes para o interior - argumenta o advogado.

Nacif afirma ainda que confia na concessão da liberdade provisória a Suzane nesta terça-feira.

- Acho que o STJ também deve proibir a exibição da fita com a entrevista concedida ao Fantástico (na qual Suzane é orientada pelos advogados a chorar). A entrevista feriu o sigilo entre advogado e cliente. Além disso, ninguém pode ser preso por conceder entrevista, como ocorreu com ela - diz o advogado.

Depois da veiculação da entrevista, no dia 10 de abril, a prisão de Suzane foi novamente decretada. Com a revelação do choro fingido, a promotoria entendeu que a jovem poderia fugir do país para evitar o julgamento e pediu a decretação da prisão. Para os promotores, a liberdade de Suzane também colocava em risco o irmão dela, Andreas von Richthofen, com quem disputa a herança da família. Suzane foi transferida para prisão domiciliar pouco tempo depois, por determinação do ministro Nilson Naves, do STJ, que não acatou os argumentos da promotoria.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.