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Protesto tenta pressionar governo do estado a ampliar o reajuste dos servidores | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Protesto tenta pressionar governo do estado a ampliar o reajuste dos servidores| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Representantes de outros municípios participaram da manifestação em Curitiba

  • Segundo organizadores, estimativa era de 700 participantes

Servidores públicos estaduais de todo o Paraná realizam, desde as 8 horas desta terça-feira (28), uma mobilização em frente ao Palácio das Araucárias, no Centro Cívico, em Curitiba, na tentativa de pressionar o governo do estado a atender ao pedido de 15% de reajuste salarial ao funcionalismo. O grupo se concentra na Praça Nossa Senhora de Salete e, segundo a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), não interfere no tráfego de veículos da região. A estimativa dos organizadores é que a manifestação reúna 700 pessoas.

O protesto é realizado pelo Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que representa 14 sindicatos de servidores de diversas categorias do executivo estadual. Enquanto os servidores pedem um aumento de 15%, equivalente ao reajuste deste ano do salário mínimo regional, o governo oferece 6%. "A arrecadação do governo continua crescendo neste ano, apesar da crise", afirma Elaine Rodella, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (SindSaúde) e coordenadora do fórum.

Heitor Raymundo, diretor do Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e Afins (Sindi/Seab), explica que não há paralisação nas atividades do setor público estadual nesta terça-feira. "Não se trata de uma greve", diz. "Estamos cientes de que ainda há negociação com o governo e a mobilização é uma tentativa de pressioná-lo", conta. Os servidores públicos têm data base no dia 1º de maio. Além dos 15% de aumento salarial, os servidores também reivindicam o reajuste das gratificações, o pagamento das promoções atrasadas e o aumento do vale-transporte e do auxílio-alimentação.

Às 11 horas, uma comissão de servidores foi recebida pela secretária estadual da Administração e Previdência (Seap), Maria Marta Lunardon, além dos diretores gerais das secretarias da Administração, Regina Gubert; do Planejamento, José Zaniratti; e da Fazenda, Nestor Bueno, no palácio do governo.

"A secretária e os diretores gerais ressaltaram que os 6% propostos estão um pouco acima da inflação estimada para os últimos 12 meses (maio de 2008 a abril de 2009), que seria de 5,24%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)", informa nota divulgada pela Seap na Agência Estadual de Notícias. Segundo a pasta, o reajuste nos salários de todos os 249 mil servidores vai representar um impacto nas despesas de pessoal do Executivo de quase R$ 36 milhões por mês.

Sobre os demais itens da pauta, "a secretária e os diretores gerais salientaram que, no momento, a prioridade é assegurar a aplicação do reajuste geral", diz o texto. A secretaria reiterou a disposição de manter encontros frequentes com o Fórum, para o acompanhamento dos dados referentes às despesas com pessoal e para discussão de medidas que contemplem a pauta de melhorias previstas tanto pelo governo como pela entidade que representa os servidores.

Votação na Assembleia Legislativa

Na tarde desta terça-feira, o projeto de lei que reajusta o salário dos servidores em 6% deve ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná. "Portanto, às 13h30, após a reunião com a secretária, partiremos para o prédio da Assembleia", conta a presidente do SindSaúde.

A ideia é convencer os deputados da aprovação de emendas que ampliem o reajuste para 15%. "Percorreremos os corredores da Casa e pediremos para falar na plenária", adianta Raymundo, presidente do Sindi/Seab. "Acompanharemos a votação na CCJ e às 17 horas devemos encerrar o dia de mobilização", afirma.

Além do SindSaúde e do Sindi/Seab, o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná representa o SinDER (servidores do DER), o Sindarspen (agentes penitenciários), o Sindiprol (professores de Londrina), o Aduel (docentes da UEL), o Assuel-Sindicato (servidores da UEL), o Sinteoeste (servidores e professores da Unioeste), o Adunicentro (docentes da Unicentro), o Sindsec (servidores da secretaria da Criança), o Sintespo (servidores e professores da UEPG), o Aduem (professores da UEM), o Sinteemar (servidores da UEM) e o Sindijus-PR (servidores do Judiciário).

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