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O sistema de coleta e transporte de lixo de Curitiba está com uma dívida de aproximadamente R$ 72 milhões, informou nesta quinta-feira (17) a prefeitura de Curitiba, depois do primeiro encontro da comissão formada para analisar questões relacionadas ao lixo na capital. Segundo a prefeitura, a dívida foi herdada da última administração do município.

Do total da dívida, aproximadamente R$ 58,3 milhões resultam de seis meses de inadimplência em 2012. O restante, cerca de R$ 13,7 milhões, equivale ao vencimento deste mês de janeiro. A assessoria de imprensa do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) – que estava no comando da gestão anterior –, informou que a dívida herdada entre troca de administrações é normal e que a conta pode ser paga em 15 dias de arrecadação.

O secretário municipal de meio ambiente, Renato Lima (PV), informou que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) já está estudando as pendências. Antes de serem pagas, elas também serão analisadas pelo Comitê de Transparência e Responsabilidade Financeira, criado pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) através de um decreto determinado já nos primeiros dias do seu mandato.

De acordo com Lima, por causa da inadimplência de seis meses, alguns prestadores têm se revoltado e procurado explicação da secretaria, mas ele garante que não há indícios de suspensão dos serviços por causa da situação. "Os prestadores vêm contar que estão com dificuldades, e estamos analisando caso a caso. Às vezes são empresas menores, que não podem aguardar por muito tempo, outras vezes são empresas que têm condições de esperar. Estamos analisando como vamos pagar cada uma delas", explicou.

Sipar

Quanto à atual situação do Sistema Integrado de Aproveitamento de Resíduos Sólidos (Sipar), responsável pelo recebimento do lixo de Curitiba e outros 18 municípios, o secretário municipal de meio ambiente disse que, conforme o prometido por Fruet durante sua campanha eleitoral, uma medida para solucionar o imbróglio do sistema deverá ser tomada ainda nos próximos meses.

"Num prazo curto vamos ter estabelecido uma maneira de enfrentar esse problema, mas antes temos que conhecer bem o caso para tomar uma decisão. Agora, o que estamos fazendo é tentar mapear todas as ações para analisar a melhor decisão", informou Lima.

Desde 2008, o Sipar tenta sair do papel. Como a licitação segue sem um vencedor, porque foi questionada e não pode ser concluída por causa de pendências judiciais, atualmente os resíduos são encaminhados para um aterro provisório em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, e outro na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

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