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Veja a lista dos presos na operação

Ailton Guimarães JorgeAniz Abrahão DavidAntonio Petrus KalilJosé Renato Granado FerreiraPaulo Roberto Ferreira LinoBelmiro Martins FerreiraLicínio Soares BastosLaurentino Freire dos SantosJosé Luiz RebelloJúlio Guimarães SobreiraJaime Garcia DiasEvandro da FonsecaSilvério Nery Cabral JúniorSérgio Luzio Marques de AraújoLuiz Paulo Dias de MattosSusie Pinheiro Dias de MattosFrancisco Martins da SilvaMarcos Antônio dos Santos BretasVirgílio de Oliveira MedinaCarlos Pereira da SilvaJosé Eduardo Carreira AlvimErnesto da Luz Pinto DóriaJosé Ricardo de Siqueira RegueiraJoão Sérgio Leal PereiraAna Cláudia Rodrigues do Espirito Santo

Título de campeã da Beija-Flor está sob suspeita; mais 40 pessoas são investigadas

O dinheiro sujo do bicho não teria comprado apenas sentenças de juízes e complacência da polícia. Para o delegado Emanuel Henrique Oliveira, que participou das operações de busca e apreensão da Polícia Federal, o título do carnaval deste ano da Beija-Flor pode ter sido comprado por Anísio Abraão David, patrono da Beija-Flor. "Há fortes indícios de que esse resultado tenha sido manipulado pelo senhor Anísio", disse o delegado em entrevista exclusiva ao "Fantástico" este domingo.

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Diante das insistentes reclamações dos advogados dos presos na Operação Hurricane o relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, determinou nesta segunda-feira que os profissionais tenham acesso aos autos do inquérito. Os documentos só poderão ser vistos no próprio tribunal e não poderão ser levados, pois tramitam em segredo de Justiça. Pedidos para tirar cópias devem ser feitos ao relator, que examinará se concede ou não o benefício. Para manusear os autos, o advogado precisa comprovar que representa legalmente um dos investigados.

O ministro do STF também determinou que a Polícia Federal garanta entrevistas "pessoais, diretas e reservadas" entre os advogados e os presos na operação. Um terceiro pedido feito pela OAB, de cela especial para presos com curso superior, não foi julgado. O ministro pediu informações à polícia sobre a acomodação dos presos antes de decidir se transfere ou não quem tem direito ao benefício.

O relator do inquérito ainda pediu à Polícia Federal informações sobre o estado de saúde de dois presos. Foi ordenado que um deles seja submetido a uma avaliação médica, pois estaria muito adoentado. Se for o caso, ele será internado.

Peluso também não decidiu sobre os pedidos de libertação feitos por advogados de pelo menos quatro presos. Ele enviou o caso ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que deverá dar um parecer sobre o pedido para embasar a decisão do ministro. O Supremo já recebeu mais de 30 petições de advogados de presos pela PF.

Nesta segunda o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, acusou a PF de cercear o trabalho dos advogados de defesa dos presos e anunciou que a OAB vai buscar reparação na Justiça para assegurar o direito de defesa . Ele entregou, na tarde desta segunda ao ministro Cezar Peluso um requerimento para que o tribunal determine à PF que seja dado acesso imediato aos autos do inquérito policial da operação deflagrada na última sexta pela PF que, segundo a ordem, estaria agindo com abuso de autoridade.

Um conselheiro da OAB chegou a dizer que nem a ditadura militar dificultou tanto o trabalho dos advogados. A Polícia Federal rebateu as críticas e informou que trabalha dentro da lei. A superintendente da Polícia Federal do Distrito Federal, Valquíria Souza Teixeira de Andrada, negou que os presos pela Operação Hurricane estariam alojados de maneira irregular e de que seus advogados estariam com seus direitos cerceados, segundo denúncia OAB:

- A superintendência do DF é responsável apenas pela custódia dos presos da operação. Para receber os presos, há um procedimento padrão. Verificamos quais roupas e pertences eles podem levar para as celas, cumprimos todos os procedimentos e demos um café da manhã. Nenhum deles deu depoimento antes de conversar com seus advogados. Os advogados que quiseram falar com seus clientes puderam fazê-lo. Os presos que entrarem em contato com seus familiares também puderam fazê-lo. O acesso do advogado deve ser irrestrito, mas tem que ter procedimentos. Nós temos uma rotina aqui - argumentou a delegada.

A superintendente comentou também as críticas de alguns advogados, que não gostaram de só falar com seus clientes por meio de parlatório e interfone, sem contato direto e reservado.

- O nosso padrão é o contato com o parlatório. Tem gente aqui presas há anos que só se comunica com seus advogados e familiares pelo partlatório. Seguimos um padrão que é único, que não leva em conta classe social - disse.

Andrada negou a possibilidade dos presos pela Hurricane receberem celas individuais:

- Só temos sete celas. Não é possível que cada preso tenha uma.

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