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Multimídia - Vídeo| Foto: TV Globo

As armas usadas na simulação que acabou provocando a morte de um adolescente em Rondonópolis (MT), no sábado (26), vão ser periciadas em Cuiabá (MT), mas os policiais civis que investigam os PMs já sabem de que tipo de arma foi feito o disparo fatal. Foi de uma das três espingardas calibre 12 usadas dentro do ônibus.

A escola onde Luís Henrique Dias Bulhões, de 13 anos, estudava, em Rondonópolis, amanheceu fechada nesta segunda-feira (28) em sinal de luto. Ele foi morto durante a simulação de uma ação contra seqüestros, feita por um grupo de elite da Polícia Militar. Outras nove pessoas ficaram feridas. Os sete policiais envolvidos na simulação estão detidos.

Para apurar o caso, foram instaurados inquéritos na Corregedoria da Polícia Militar, na Polícia Civil e no Ministério Público. Reconstituição

As cenas que a PM ainda não conseguiu explicar começam a ser esclarecidas. As investigações da Polícia Civil mostram que a simulação foi feita em duas etapas: o primeiro grupo, com três PMs armados com fuzis, cercou o ônibus, fez disparos do lado de fora e jogou uma bomba de efeito moral. Em seguida, o segundo grupo entrou no coletivo. Eram quatro policiais armados com espingardas calibre 12. Houve novos disparos. Segundo a Polícia Civil, foram esses tiros que atingiram as vítimas.

Os peritos apuraram que os PMs dentro do ônibus atiraram contra três alvos de papel que representavam os seqüestradores, afixados no vidro traseiro do veículo. Se os disparos tivesse sido feitos com balas de festim, os tiros conseguiriam atingir os alvos, mas não quebrariam o vidro, que foi estilhaçado.

Perícia em Cuiabá

As sete armas usadas na simulação vão ser levadas para a perícia em Cuiabá. A Polícia Civil aguarda a conclusão dessa perícia para fazer uma reconstituição da ação dos PMs.

O delegado responsável pelas investigações, João Pessoa, não descarta a possibilidade de que um tiro só tenha matado o adolescente e ferido os outros moradores. "A bala calibre 12 produz estilhaços que podem atingir várias pessoas", afirmou.

O comandante regional da Polícia Militar em Mato Grosso, Wilquerson Sandes, deve prestar depoimento nesta tarde. Três vítimas continuam internadas.

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