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Três promotores do Ministério Público de São Paulo acompanharão as investigações que envolvem o padre Júlio Lancelotti. Eles são os promotores Luís Antônio de Oliveira Nosdeo, da 2ª Promotoria Criminal de São Paulo, Rafael Corrêa de Morais Aguiar, da 3ª Promotoria Criminal, e Fábio José Bueno, do 1º Tribunal do Júri da Barra Funda.

Os nomes foram designados pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebelo Pinho, e divulgados pela assessoria de imprensa do MP nesta terça-feira (30). Os promotores terão função cooperativa, podendo compartilhar dados com a polícia e também requisitá-los aos investigadores.

Júlio Lancelotti acusa Anderson Batista, de 25 anos, de extorquir dinheiro dele. Outro inquérito investiga suspeita de enriquecimento ilícito do ex-interno da Febem e um terceiro foi aberto para apurar denúncia de maus-tratos e corrupção de menores feita por uma ex-funcionária da ONG Casa Vida. Os três inquéritos serão acompanhados pelos promotores.

Quando concluídos, inquéritos policiais são encaminhados ao MP que decide se apresenta denúncia à Justiça. Neste caso, o procurador Pinho se antecipou à conclusão das investigações policais, o que, segundo a assessoria de imprensa do órgão, é comum.

De acordo com o MP, a Justiça decretou o sigilo das investigações e, por isso, os promotores não se pronunciarão. Já a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça não confirma a determinação do sigilo, sob o argumento de que o caso está sob segredo de Justiça.

Investigações

Na segunda-feira (29), delegados da 5ª Seccional de Polícia (Zona Leste), que cuidam as investigações, colocaram os inquéritos à disposição do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), que integra a cúpula da Polícia Civil.

Foi uma reação dos delegados a declarações feitas na imprensa de que a revelação das investigações envolvendo o padre Júlio serviria para desviar a atenção da acusação do Ministério Público contra o delegado Pedro Luís Pórrio de roubo, extorsão de dinheiro e tortura de supostos traficantes.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o Decap manteve os três inquéritos sob responsabilidade da 5ª Seccional de Polícia. O delegado Marco Antônio Bernardino informou nesta manhã que não estavam previstos novos depoimentos na terça-feira apenas ordens de serviço para investigadores que não foram reveladas.

O delegado disse que não descarta convocar o padre Júlio Lancelotti para nova oitiva, caso entenda ser necessário. Ele nega que o pedido de quebra de sigilo bancário do religioso, que chegou na segunda-feira passada a ser divulgado pelo Tribunal de Justiça, tenha partido da polícia. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça não confirma essa informação tampouco a quebra do sigilo.

Bernardino defende o sigilo das investigações porque, segundo ele, em razão da presença de jornalistas na 5ª Seccional de Polícia na segunda-feira, testemunhas que seriam ouvidas não compareceram à delegacia.

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