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Troca troca

TSE decidirá terça se amplia fidelidade partidária

Supremo já definiu que mandatos são dos partidos, não dos parlamentares. Presidente do Senado pode virar alvo de nova investigação

Menos de uma semana depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que os mandatos pertencem aos partidos políticos e não aos parlamentares, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode estender a senadores, governadores, prefeitos e ao presidente da República as restrições ao troca-troca partidário. Nesta terça-feira (9), o TSE deve julgar uma consulta do PRTB sobre fidelidade partidária nas eleições majoritárias.

O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, que também é ministro do STF, avalia que o novo julgamento pode também impor as mesmas rédeas já estabelecidas para as eleições proporcionais (deputados federais, estaduais e vereadores) que mudaram de legenda após 2006.

O PRTB questiona a Justiça Eleitoral sobre a possibilidade de engessar senadores, governadores e presidente da República no partido pelo qual foram eleitos. Vale lembrar que o senador Fernando Collor de Mello (AL) foi eleito pelo PRTB, mas deixou a legenda e filiou-se ao PTB em fevereiro deste ano.

A decisão do STF sobre troca-troca partidário vale a partir de 27 de março deste ano, data que o TSE definiu que os mandatos de deputados e vereadores são dos partidos.

Renan

A semana política já começa com mais uma dor de cabeça para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele é acusado, desta vez, de articular espionagens contra senadores adversários. A denúncia foi publicada na revista "Veja".

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), já avisou que pretende abrir, na próxima quarta-feira (10), uma investigação para apurar se Renan mandou mesmo espionar os colegas. "Se confirmadas as denúncias, é intolerável um caso de espionagem em relação a qualquer senador. A intimidade dos parlamentares não pode ser violada sob qualquer pretexto", disse o senador, segundo sua assessoria de imprensa.

Segundo o senador Demóstenes Torres, um assessor de Renan, Francisco Escórcio, tentou espionar ele e o senador tucano Marconi Perillo (GO). O objetivo seria intimidá-los por serem dois dos principais opositores do presidente do Senado. De acordo com Demóstenes, na última sexta-feira (28), ele se encontrou com o ex-deputado goiano e empresário Pedrinho Abrão, que contou ter sido procurado por Escórcio. O encontro teria ocorrido no escritório do advogado Eli Dourado, em Goiânia (GO).

O plano, diz Torres, era grampear telefones dos dois senadores e fotografá-los embarcando em jatinhos da região. Abrão é dono de uma empresa de aviação em Goiânia.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar nesta semana a medida provisória que cria a TV Pública. Apesar de ser uma iniciativa desvinculada do governo, Lula afirmou que a TV Pública produzirá conteúdos regionais e com "sotaques" para contrastar com o que ocorre na programação das grandes emissoras brasileiras.

A jornalista Tereza Cruvinel vai presidir o braço executivo da emissora. Os deputados propuseram ao governo a participação deles no Conselho Diretor da emissora.

CPMF

Nesta terça-feira (9), oplenário da Câmara dos Deputados deve votar, em segundo turno, a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. A matéria já foi votada na Casa em primeiro turno, e o resultado foi favorável à aprovação.

O assunto precisa ser aprovado em dois turnos também no Senado.

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