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A 10ª Vara da Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público Federal no DF contra o ex-subchefe de gabinete da Casa Civil Waldomiro Diniz e outras sete pessoas, entre elas Carlinhos Cachoeira, acusadas de tráfico de influência e corrupção durante as negociações para renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e a empresa multinacional de processamento de loterias GTech, em 2003.

O G1 busca contato com a defesa de Waldomiro Diniz, mas até a publicação desta reportagem ainda não havia localizado o advogado do ex-assessor. A reportagem deixou recado e entrou em contato por e-mail com a defesa de Carlinhos Cachoeira e aguarda retorno.

A denúncia do MP do DF foi oferecida em dezembro de 2010 e aceita pelo juiz na semana passada. Em 2004, a primeira denúncia sobre o caso foi rejeitada pela Justiça por falta de provas. De acordo com as investigações do Ministério Público, há registros de encontros e reunião em que Waldomiro Diniz e o bicheiro Carlinhos Cachoeira teriam negociado para obter junto à Caixa vantagens para a empresa Gtech.

Ainda de acordo com o MPF, o suposto esquema de corrupção previa o pagamento de R$ 500 mil a R$ 20 milhões para Diniz e funcionários da Caixa – cooptados por Diniz – em troca da renovação do contrato da empresa com a Caixa. Tais pagamentos de propina não teriam ocorrido, segundo apurado nas investigações, mas para os procuradores do MPF a conduta dos envolvidos é suficiente para sustentar a denúncia.

Na denúncia, o MPF afirma que Diniz "tinha por hábito cobrar propina e assim buscava nova fonte de recursos". Conhecido como primeiro escândalo do governo Lula, o caso passa a ter Waldomiro e outros sete envolvidos como réus em ação penal. Eles são acusados dos crimes de estelionato, corrupção ativa e passiva e concussão (exigir dinheiro ou vantagem em razão da função que ocupa).

Em 2009, Waldomiro Diniz foi condenado por improbidade administrativa na esfera cível, respondendo pelo mesmo caso. A Justiça determinou que ele pagasse cinco vezes o valor do salário que recebia na época das supostas irregularidades, em valores corrigidos, além de R$ 5 mil em honorários advocatícios.

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