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Deputado disse ao juiz federal Sergio Moro que a doação foi trocada, mas disse não se lembrar qual era a empresa doadora original. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Deputado disse ao juiz federal Sergio Moro que a doação foi trocada, mas disse não se lembrar qual era a empresa doadora original.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-RS) disse que a doação eleitoral que recebeu para a campanha de 2014 da empresa Engevix foi “um engano”. O parlamentar foi ouvido como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, nesta quinta-feira (19), na ação penal em que Vaccari responde com o ex-ministro José Dirceu por corrupção na Petrobras.

Deputado se atrapalha para explicar ao juiz Sergio Moro doação de campanha da Engevix

Durante audiência nesta quinta-feira (19), o deputado Paulo Teixeira (PT) disse que a doação de R$ 190 mil da Engevix para sua campanha em 2014 foi "um engano".

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De acordo com a prestação de contas de Teixeira, ele recebeu R$ 190 mil da Engevix em 2014, através do Diretório Nacional do partido.

Ele disse ao juiz federal Sergio Moro que a doação foi trocada, mas disse não se lembrar qual era a empresa doadora original. “Trata-se exatamente de uma empresa que eu relacionei como aquela troca de doações ocorrida na minha conta eleitoral. Eu liguei para o senhor Vaccari e disse ‘Olha, eu não conheço essa empresa e ela fez uma doação’ e não tinha sido ela quem tinha feito a doação, mas tinha sido feita uma troca que fora feita por engano, mas quando foi feita a doação já era impossível revertê-la para desfazer esse engano”, explicou.

Questionado por Moro quem seria a empresa que inicialmente teria doado à sua campanha, Teixeira respondeu que teria que fazer uma busca na sua prestação de contas, pois não lembrava qual seria a empresa. “Eu não conheço essa empresa [Engevix], não busquei recursos para a minha campanha nessa empresa, mas consta uma doação que foi feita essa troca no partido”, explicou.

A Engevix é investigada pela força tarefa da Lava Jato por participação de cartel e pagamento de propina para obtenção de obras na Petrobras. De acordo com os investigadores, uma das formas de pagamento de propina era a doação oficial de campanha para os partidos envolvidos no esquema.

A audiência dessa quinta-feira (19), na Justiça Federal do Paraná, foi realizada para oitiva das testemunhas de defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Foram ouvidos os Paulo Teixeira e o deputado Ságuas Moraes(PT-MT). Vaccari responde ao processo junto com o ex-ministro José Dirceu e outros 16 réus. Segundo os investigadores da Lava Jato, Dirceu seria o mentor do esquema de corrupção na Petrobras.

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